sexta-feira, 21 de dezembro de 2018

Organização, Avaliação e Planejamento








O PET GEOGRAFIA do Instituto Multidisciplinar (IM-Campus Nova Iguaçu) da Universidade Federal Rural do Rio de Janeiro (UFRRJ) "Geografia, Cultura e Cidadania: Diálogo de Saberes no Ensino de Geografia" encerra o ano organizando a programação e o planejamento de 2019. 
Neste momento é tempo de avaliar tudo o que fizemos em 2018 pra tentar sempre ser melhor! Também é hora de organizar coletivamente o que temos para o próximo ano. E tem muita coisa boa pra contar! Finalizamos nosso Mapa Caiçara com a comunidade de São Gonçalo (Paraty) e em breve vamos publicá-lo e contar sobre o lançamento em Paraty. Também estamos fechando o livro Gente de cá: Geografias Periféricas com artigos de petianos/as e egressos/as e que será lançado após o retorno das aulas em 2019. 

Tem muita novidade chegando! 

segunda-feira, 17 de dezembro de 2018

RELATO PETGEO VIAGEM - São Gonçalo - Paraty- RJ


      Durante o dia 30 de novembro ao dia 01 de dezembro, o grupo PET-Geografia retornou à comunidade caiçara de São Gonçalo, em Paraty-RJ, com objetivo de produzir um mapa ilustrado com base na metodologia da cartografia da ação pautados nas contribuições de Ana Clara Torres Ribeiro.

     Após a produção da obra “Geografia e Dialogo de Saberes: Territorialidades Caiçaras em Paraty”, o grupo sentiu necessidade de retornar a pesquisa para aumentar o campo de possibilidades do diálogo, onde almejamos contribuir para o fortalecimento do Turismo de Base Comunitária do lugar, mapeando os pontos utilizados pelo roteiro turístico que, além de serem grandes atrativos para o lazer, materializam a trajetória e história de resistência dos caiçaras no território.Buscamos para a produção do mapa se pautar no reconhecimento das falas dos sujeitos, ou seja, ouvir o que eles têm a dizer e a nos ensina


   








Nesse retorno, visitamos novos pontos turísticos anteriormente não conhecidos pelo grupo, como a cachoeira do Iriri, a Aldeia Indígena Pataxó, o poço da fia.Fomos direcionados pelo líder comunitário Wagno Martins e a guia Mauricéia Pimenta, ambos caiçaras e moradores da comunidade, testemunhos dos conflitos territoriais com os agentes empresários, imobiliários e do Estado.



Relato feito por: Francine Lins e Marcus Aguiar - Bolsistas PETGEO.

PET PARTICIPAÇÔES: Apresentação de artigo na VI RAIC 2018


 







No dia 02 de Outubro de 2018 ocorreram as apresentações orais de pesquisas científicas realizadas pelos alunos da UFRRJ no Instituto Multidisciplinar nos eventos da VI RAIC – Reunião Anual Científica da UFRRJ 2018, cujo tema era “Multidisciplinaridade e democratização do saber”. Este evento tem um caráter multidisciplinar desde seu início e visa promover a oportunidade dos estudantes mostrarem os seus trabalhos produzidos no decorrer da vida acadêmica em condição de bolsista ou voluntário, como autor principal ou em coletivo. A RAIC reuni dois sub eventos que acontecem de forma concomitante, um voltado aos bolsistas PIBIC e bolsas afins (iniciação científica) aonde os alunos são convidados a apresentar suas produções na XXVIII Jornada de Iniciação Científica (JIC), e os demais alunos, como PET, monitoria e bolsistas de extensão apresentam na VI Semana de Pesquisa, Tecnologia e Inovação (SePTI).

A pesquisa produzida em coletivo sob a orientação da tutora Anita Loureiro durante os anos de 2016-2017 na região de Paraty, no Bairro de São Gonçalo com uma comunidade Caiçara, que culminou em no livro “Geografia e diálogo de saberes: territorialidades caiçaras em Paraty-RJ” lançado este ano na universidade a na comunidade, é detentora de um tema pertinente, de grande valor e que nos permite um diálogo de saberes com essas comunidades. A motivação da escolha do artigo "SER, SENTIR E R-EXISTIR: A ROÇA E O TERRITÓRIO CAIÇARA EM PARATY-RJ”, que compõem o livro para a apresentação no evento, se deu pelo fato do bolsista participar diretamente dessa escrita coletiva com outros 7 autores, ficando reservado a apenas um ator apresentar, o bolsista do grupo Tales Mattos. A avaliação da banca sobre o artigo foi positiva, argumentaram a importância do trabalho de vivência que realizamos no sítio, e na ação de devolver a pesquisa para a comunidade, realizando o lançamento lá e depois trazendo representantes da vila até a universidade. 



Relato feito por: Tales Mattos - Bolsista PETGEO. 

sexta-feira, 7 de dezembro de 2018

PET PARTICIPAÇÔES: V Seminário Nacional Metrópole: Crise societária, análise de conjuntura e diálogos interdisciplinares.




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      Nos dias 04, 05 e 06 de dezembro ocorreu na Universidade do Estado do Rio de Janeiro – UERJ – Campus Maracanã o V SEMINÁRIO NACIONAL METRÓPOLE: GOVERNO, SOCIEDADE E TERRITÓRIO, cujo tema foi: CRISE SOCIETÁRIA, ANÁLISE DE CONJUNTURA E DIÁLOGOS INTERDISCIPLINARES. 


      “A quinta edição do Seminário Metrópole Governo, Sociedade e Território tem como finalidade contribuir, por meio dos diálogos entre disciplinas das ciências sociais e humanas e com ênfase na relação entre geografia/sociologia/urbanismo/história, para a compreensão da natureza da crise societária brasileira e seus impactos nas metrópoles. Trata-se de um desafio pensar os contextos sombrios (políticos, econômicos, sociais e culturais) que vem passando o Brasil. O início do século XXI é marcado pela exacerbação da violência, pela fragilização das instituições e das formas solidárias de governança e pela perda de direitos recentemente conquistados.” (site do evento)


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Relato feito por: Thayná Cagnin e Francine Lins - Bolsista PETGEO.

quinta-feira, 6 de dezembro de 2018

PET PARTICIPAÇÕES: V Seminário Nacional Metrópole : Relato do 3º dia de evento.

Mesa 6: Contribuições da obra de Ana Clara Torres Ribeiro para estudar o presente

   A referida mesa contou com as presenças de Anita Loureiro de Oliveira (DEGEO e PPGGE-UFRRJ/IM), Maria Del Carmen Ledo García (Universidad Mayor de San Simón/Cochabamba-Bolívia), Thais de Bhanthumchinda Portela (ProuRb-UFBA), Adriana
Bernardes (UNICAMP) e Fabio Tozi (UFMG).

   Destaco aqui, a fala de Thaís De Bhanthumchinda Portela, que tem um trabalho de investigação acerca das questões teóricas e empíricas relacionadas às políticas que agenciam diferentes modos de fazer as cidades contemporâneas no contexto de crise do Antropoceno, trabalhando assim a Cartografia da Ação neste período.

     Suas indagações críticas ao Antropoceno dialogam com Donna Haraway à medida que aponta a necessidade de pensar num novo e potente nome que abranja todas as particularidades desta espécie humana, assim sendo: Capitaloceno e Chthuluceno - passado, presente e o que está por vir.

   Ao passo que aborda o confronto direto com o capital no qual nossa espécie segue travando uma batalha, Portela traz a potência do sujeito corporificado na busca por novas alternativas, por racionalidades alternativas; nesse sentido, a obra de Byung-Chul Han “Sociedade do Cansaço”, traz a reflexão de que nessa sociedade, respaldada no desempenho, no trabalho e na acumulação de capital, acabamos por explorar a nós mesmos, “fingindo que entendemos” e adoecendo por conta disso, como nos fala.

  Ela deixa claro que precisamos “matar o nosso herói”, pois só assim não buscaremos grandes feitos utópicos e inalcançáveis de nós mesmos e isto só se dará se superarmos esses modelos pré-existentes de sociedade com as racionalidades alternativas.

Relato feito por : Maria Eduarda - Colaboradora PETGEO.

quarta-feira, 5 de dezembro de 2018

PET PARTICIPAÇÕES: V Seminário Nacional Metrópole : Relato do 2º dia de evento.

Mesa 5: Expansão Urbana e conflitos territoriais.


     O primeiro trabalho a ser apresentado e discutido pela mesa e os participantes foi o da Pedagoga Cleonice Puggian que tinha como título “Água e justiça ambiental na região hidrográfica da Baía de Guanabara: Aprendendo com comunidades impactadas pela indústria do petróleo e petroquímica.”

   Este trabalho teve como proposta tratar os impactos da atividade petrolífera e petroquímica no município de Magé, Campos Elísios, Tinguá e no bairro de Parque Analândia em São João de Meriti. Os relatos de moradores apresentados pela Cleonice denunciavam a ausência do abastecimento de água para a população local enquanto a indústria gozava de todo recurso. Além disso, em alguns locais as pessoas compravam água de poços privados e outros consumiam água contaminada.

    O segundo trabalho apresentado tratava sobre as populações tradicionais em torno da Baía de todos os Santos na Bahia. Catherine Prost, professora no departamento de Geografia na UFBA, trouxe a discussão partindo da modernização e expansão urbana junto a relação que as empresas estabelecem com o território, que é a de território como recurso. A partir disso, podemos compreender como aquelas empresas instaladas no território quilombola trouxeram consequências irreversíveis para a comunidade. Além dos conflitos diretos com as empresas, a presença dessas organizações trouxe danos à saúde da população local, destruição da natureza que é de onde a comunidade sobrevive.

     Além da ausência do estado na regulação das ações arbitrárias das empresas com a comunidade, o mesmo age diretamente de forma violenta com a comunidade. A instalação da Marinha no Rio dos Macacos trouxe conflitos com os quilombolas e uma das consequências foi a transição e uso controlado do território pela comunidade, a ponto de eles terem que pedir permissão para sair e entrar. Catherine aponta que essa apropriação das empresas retira e exclui qualquer relação imaterial com o território pois o que elas propõem é o desenvolvimento da colonialidade do ser, saber e da natureza.


     O terceiro tema trazido pelo Professor da UERJ Matheus da Silveira tinha como título: “As práticas sócio-espaciais cotidianas como base da escalaridade do movimento dos sem-teto". A partir da leitura da apresentação, Matheus trouxe o conceito de escala dentro de uma análise dos mecanismos de transformações sociais a partir da luta.

Relato feito por : Tháyla Rocha - Colaboradora PETGEO.

terça-feira, 4 de dezembro de 2018

PET PARTICIPAÇÔES: V Seminário Nacional Metrópole : Relato do 1ª dia de evento.


Mesas debate do dia 04 de dezembro de 2018:


(1) Crise Societária e vida metropolitana: Habitar a metrópole

(2) Narrativas e resistências na metrópole: Sujeitxs Corporificadxs em ação

(3) Educação, Cultura e Cotidiano na metrópole

Mesa 1: Crise Societária e vida metropolitana: Habitar a metrópole

         A pesquisadora da ENSP-FIOCRUZ Roberta Gondim, iniciou a mesa abordando o tema da Saúde coletiva de base territorial como embasamento para pensar a perspectiva da Necropolítica trabalhada por Achille Mbembe, que seria esse poder soberano de fazer viver ou deixar morrer, onde vidas humanas são racializadas com intuito de retirar-lhe sua humanidade para assim, legitimar sua morte, a morte de vidas negras. Esse necropoder que rege a metrópole nesses tempos crises. Buscou-se em sua fala problematizar o Estado de exceção que opera na “necrópole” e pensar a vulnerabilização social de grupos sociais e o quanto alguns indivíduos e determinados lugares são impactados de maneira elevada a certos tipos de doenças, como por exemplo pela hepatite, onde a forma de controle e os remédios para doença caso não seja seguido a risca, há grandes chances da doença retornar, porém muito mais resistente à anterior. Contudo, até essas formas de prevenção da doença é para um público específico, Gondim evidenciou que moradores da Zona Sul por exemplo, não tomam tal medicamento justamente por conta do risco do retorno mais resistente da doença. A pesquisadora colocou a omissão proposital dos agentes do Estado frente aos sijeitos subalternizados.

No segundo momento, a fala foi direcionada ao professor José Borzacchiello da Silva (PPGG-UFCE), que discorreu sobre a vida na metrópole, esta enquanto lugar da diferença, da segregação e do isolamento, além de ser centro funcional de múltiplas atividades. Direcionou a sua fala com o seguinte tema: Mudar a vida, mudar a métropole. Com uma perspectiva mais conceitual e voltada para a compreensão da metrópole nos países do Sul, ditos periféricos, evidenciou o processo de fragmentação da metrópole nesses países, e a insurgência de “novas centralidades”. Buscou refletir sobre como essas novas centralidades se constituem nos espaços, como se dá esse processo de descentralização, e por fim, buscou trazer para o debate lutas possíveis que são capazes de “mudar a metrópole”, como a importânciados movimentos sociais, a necessidade de investimentos em políticas de inclusão, e nos espaços cotidianos, colocou a importância dos territórios solidários, as táticas dos sujeitos subalternizados, as favelasenquanto lugares criativos, de solos férteis para criação e recriação para r-existir na metrópole, já que o Estado se porta como insuficiente para gerir uma equidade social, e na maioria das vezes atuando como “agente desterritorializador”, ainda que de maneira sorrateira, como em permitir que agentes empresariais regulem o valor da terra e o custo de vida nos grandes centros, impossibilitando a permanência dos pobres nestes lugares.

  Angela de Morais Santa’anna, integrante do movimento Luta pela Moradia, encerrou a mesa com uma fala extremamente forte e ao mesmo tempo emocionante. Envidenciou a luta do trabalhador, do negro, do pobre em permanecer nos grandes centros, e as ocupações enquanto possibilidade de acolhimento desses sujeitos, além de ser ação política de demonstrar que os espaços devem ser ocupados por todos, e que todos tem direito a moradia digna e de qualidade. Sendo assim, os prédios vaziosdevem dar espaços para os sujeitos que não tem casa para habitar, cumprindo sua função social, que não é especular, é ter gente dentro pra morar. Angela fez questão de dizer que “Foi com o nosso dinheiro que eles foram construídos”, e que sendo assim é direito nosso ocupá-los. 
      Angela citou em sua fala uma frase de Josué de Castro qye diz: “as sociedades estarão radicalmente divididas em apenas dois grupos de indivíduos: o dos que não comem e o dos que não dormem; não dormem com medo dos que não comem", contestandoassim a “pseudo sensação de paz” que se esgota cotidianamente, que podemos perceber quando um trabalhador  deve se desprender da baixada fluminense para o centro da cidade, e se sentir recompensado pelo trabalho, ou quando o governo contabiliza que os espaços pobres foram os que mais tiveram casos de zica vírus e mesmo assim essas cenas permanecerem se repetindo, sendo os mesmos corpos marcados para morrer, os mesmo espaços da Necrópole com riscos iminentes da morte. Enfatizou que precisamos pensar:“quem a gente quer nessa metrópole?”



Mesa 2: Narrativas e resistências na metrópole: Sujeitxs Corporificadxs em ação


      Joseli Maria Silva trouxe para o exercício de reflexão a temática de pensar o espaço e a corporiedade, um olhar atento a outras escalas, sujeitos e métodos. Pensar a morte e o envelhecimento de corpos transgressores da ordem patriarcal, corpos esses que eram de travestis e transexuais femininas, para isso ela reforça a necessidade de novos métodos de pesquisa, uma prática de pesquisa não predatória. Em sua fala foi evidenciado que sua prática é baseada no fazer COM e não no fazer SOBRE.
        Partindo de uma outra forma de ver e fazer ciência, Joseli constrói uma geografia atenta ao olhar cotidiano, ao corpo e as sexualidades, para buscar entender a corporiedade complexa dxs sujeitxs no espaço. Uma força de construir uma ciência geográfica que se oponha a perspectiva da suposta neutralidade, objetividade e racionalidade acima de tudo da forma de fazer ciência cunhada pela modernidade. Conforme Joseli, essa Geografia Marginal enfrenta muitas adversidades para ser vista como legítima por essa prática masculina de geografia.
               Joseli buscou compartilhar de narrativas de corpos com marcas específicas que são fadados a morte, pois o ato de transgressão binária é visto como algo que precisa ser eliminado pela racionalidade da dominação patriarcal que perdura em nossas sociedades, pois os longos processos de socialização da nossa cultura cria uma visão que busca a todo tempo negar a aceitação desses corpos pois são vistos como trangressores da suposta normalidade. Esses corpos, o de travestis e transexuais femininas são corpos que constantemente são alvos de intervenção disciplinar, dizia Joseli. 
          Dando prosseguimento as narrativas, Geny Guimarães dialogando com a fala anterior procurou enfatizar a busca de outros métodos de pesquisa quando não conseguimos nos adaptar aos métodos canônicos, esses pensados por homens, brancos, europeus e heteronormativos. Essa insuficiência e tentativa de silenciamento presentes no discurso científico serve como instrumento de força para se pensar outras questões e outros métodos. E com isso sua fala buscou compartilhar sua trajetória de pesquisa enquanto geógrafa que problematiza e se preocupa com as questões raciais, trazendo o tema: Espacialidade dos corpos negros no Rio de Janeiro.

         Com isso em sua fala Geny buscou problematizar a prática de apagamento geográfico nas paisagens da historicidade da formação e dos sujeitos fundantes daquele local, no caso a região portuária do Rio de Janeiro. Pensar a dimensão racial do espaço com outros métodos e metodologias a fim de superar essa formação histórica baseada em paradigmas eurocentrados. Dialogando com a fala de Joseli, pensar o peso que os corpos tem nas nossas ações e vivências. 

       Raquel de Padua deu prosseguimento a mesa reforçando a necessidade de criação de novos métodos de pesquisa e reconhecimento de outras epistemes, essas que sempre existiram, mas nunca se buscou ouvir nem dialogar. Nesse sentido, falava-se do esforço urgente que precisamos ter de reconhecer outras formas de habitar e pensar o(s) mundo(s) e nos abrir para a construção de uma episteme mais plural. Por fim, pensar em crise societária requer pensar de maneira complexa e entender que xs sujeitxs irão ser afetados de maneiras distintas, mas diante da crise, apesar do pessimismo difícil de ser superado, não podemos deixar com que nossas utopias sejam perdidas. O momento urge por formas de resistências a esses tempos sombrios. 



Relatos feitos por: Francine lins e Thayná Cagnin - Bolsistas PETGEO.

segunda-feira, 3 de dezembro de 2018

PET PARTICIPAÇÕES: Encontro com a pesquisadora Joseli Maria Silva.

         No dia 03 de dezembro de dois mil e dezoito, a Coletiva Vandana Shiva, grupo de pesquisa em Geografia, Cultura, Existência e Cotidiano, organizou um bate-papo informal sobre “Geografias Feministas em Tempos Sombrios” com a presença de Joseli Maria Silva, autora dos livros “Geografias feministas e das sexualidades: encontros e diferenças”, “Geografias Malditas corpos, sexualidades e espaços”, entre outros. O encontro foi na casa das Pretas e foi muito importante o apoio de Bia Onça, geógrafa e educadora parceira do PETGEO.
          O Pet-Geografia estava presente e esse evento se fez de grande importância para continuarmos acreditando que, diante desses tempos sombrios para nós, que acreditamos em uma produção de ensino, pesquisa e extensão pautados na horizontalidade, no diálogo de saberes e no fazer sensível, podem ser superados na fortificação de nossas redes de contato, no estreitamento de laços e imprescindivelmente na afetividade. 
           As emoções, os afetos, os laços constroem conhecimentos, e é desse lado da produção de conhecimento que gostaríamos de estar, esse lado que preza pela existência dos sujeitos e das sujeitas que foram subalternizados(as) e silenciados(as) durante tanto tempo. É desse lado da ciência, que não pensa em um sujeito genérico e universal, que pensa em um diálogo com um “sujeito corporificado”, que sabe que também é gente, que tem sangue, carne, osso e sente. Nossos corpos sentem as pressões dos tempos sombrios e vamos nos fortificar na afetividade. 

“Ninguém solta a mão de ninguém” 

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Relato feito por: André Távares - Bolsista PETGEO.

quarta-feira, 14 de novembro de 2018




 PET Participações:  Seminário Direito ao Corpo na Cidade


 No dia 26 de setembro de 2018 o grupo PetGeo-UFRRJ/IM participou do Seminário Direito ao Corpo na Cidade realizado da UERJ no Rio de Janeiro/RJ. O evento tem como proposta principal “explorar o Corpo como fenômeno de resistência em defesa da vida, sendo o epicentro capaz de garantir direitos ameaçados às comunidades e complexidades globais, econômicas, subjetivas, cognitivas e territoriais nas megacidades. O debate sobre os direitos fundamentais é expressão urgente à judicialização da vida e a privatização do interesse público, o trabalho, a cultura por direitos e a política.”  As apresentações na parte da tarde iniciaram com a apresentação folclórica do grupo Companhia Folclórica do Rio da UFRJ. O Grupo artístico constituído por professores, funcionários e alunos de diversas unidades da UFRJ, realiza pesquisas sobre a cultura brasileira e produz espetáculos, atividades e eventos de música e dança.

  Lucas Sargentelli, apoiador da Aldeia Maracanã, realizou a experiência na parte de manhã dentro da Aldeia, de realizar a visitação de olhos vendados. Na atividade, os participantes foram vendados e fizeram a visita utilizando outros sentidos escutando as histórias do museu sobre a luta para viver o corpo da cidade.  Após esse momento, tivemos o tivemos a apresentação “Veja a samambaia” da pesquisadora e atriz Veronica Diaz, nos fazendo refletir sobre o que vemos e o que nos é deixado ver. A abordagem da produtora cultural sobre a vida na cidade e como ela é interligada com a necropolítica, selecionando culturas e pessoas para morrer. 
Raquel Barros trouxe sua pesquisa sobre direitos humanos e cartografias da ação. Raquel realiza um trabalho junto a mulheres de Manguinhos e da Maré, onde a comunidade é o lugar comum de todos. Estar no espaço público com seu corpo e sua forma. Iara Oliveira, moradora da comunidade Cidade de Deus, fundadora do primeiro pré-vestibular para jovens e negros. Iara aborda a remoção na comunidade, pois não são apenas corpos sendo removidos, mas também histórias,como ocorrem em remoções no Rio de Janeiro como um todo.

  As falas de Iara são fortes, e merecem destaque, entra elas: “O corpo negro vale menos.”, “Ninguém chora a morte na favela (cdd), chora o engarrafamento”. Finalizando sua fala, a palestrante nos relembrou da importância de realizarmos trabalhos na comunidade e dar o retorno aos sujeitos. Finalizando o evento, Anita Loureiro, membro da Coletiva Vandana Shiva e tutora do PetGeo, falou sobre os trabalhos que a trouxeram para falar de corpo e cidade e contou relatos que vivenciou por ter um corpo de mulher na cidade. Entre seus relatos podemos identificar casos de machismo institucional vivenciado pela palestrante, em diferentes momentos de sua vida acadêmica, e até mesmo o medo de levar uma criança pequena aos protestos que participa. 
 O evento foi muito enriquecedor para os membros do grupo que participaram, nos fazendo refletir sobre algumas discussões que são parte das nossas pesquisas.




Relato feito por Beatriz Maravalhas

terça-feira, 13 de novembro de 2018

IV JUVENTUDE METRÓPOLE: CORPOGRAFIAS TRANSVIADAS



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No dia 13 de setembro o grupo PetGeo- UFRRJ/IM organizou o IV Seminário Juventude e Metrópole, com a temática: Corpo-Território: Liberdade de ser, sentir e existir.O evento pautou-se na ideia de que os corpos que transgredem as normas socialmente imposta são territórios de resistência cotidiana, e essa realidade se agrava em tempos de crise societária e avanços do conservadorismo em que estamos vivendo hoje. Nesse sentido, contamos com a presença de Julião Andrade (Docente UERJ-Maracanã), Bia Onça (pesquisadora do grupo de estudos e pesquisa formação de professores, currículos, pedagogias decoloniais e interculturalidades) e Denilson Silveira (docente da UERJ-FFP), para tecermos diálogo sobre a conjuntura sócio-política  que estamos vivendo e possíveis alternativas de (r)existências.



Inicialmente contamos com a fala de Bia Onça sobre feminismos negros, tendo como base teórica as geografias feministas e a epistemologia decolonial. A existência de mulheres negras é historicamente uma existência de luta, se classificarmos de acordo com uma pirâmide de vulnerabilidade, as teríamos na base. É necessário que se aborde o feminismo com suas intersecionalidades  de forma especializada para dar conta das distintas realidades. Em sua fala, pensamos em como esses corpos pode se apropriar dessa sociedade e uma alternativa para que possamos ocupar os espaços, é estar em espaços de resistência. E Bia Onça nos apresentou algum desses espaços, dentre eles, a Casa das Pretas, que é lugar que carrega uma força política pungente, acolhe e possibilita trocas grandiosas. Denilson Silveira nos apresentou uma prévia do livro em que está trabalhando, discutindo a ideia na modernidade, em específico, na modernidade capitalista. Fora uma fala densa e potente sobre os corpos do homem e da mulher negra são vistos no espaço, como de forma hipersexualizada, como alvo e que para compreender mobilidade urbana é necessário racializar o debate. 

A fala de Júlia Andrade, que como a mesma sinalizou, acabou sendo refeita durante devido aos debates que foram propostas até então, e ela trouxe o questionamento sobre o que não vamos perder nesse momento de retrocessos, para que a gente focalize em pontos que possam constituir uma unidade  para que possamos nos fortalecer.
A presença dos palestrantes e dos alunos foi de grande enriquecimento para expandir os olhares sobre os assuntos tratados com a troca de experiênciasque perpassam nossos cotidianos diante das desigualdades e opressões, pensamos juntos em como lidar com eles de forma resistente, nos fortalecendo com união.





Relato feito por: Fernanda Santos - Bolsista PETGEO

quinta-feira, 8 de novembro de 2018

CINEPET: Felicidade por um fio.

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       O grupo PET- Geografia apresentou, no dia 08 de Novembro de 2018, às 14 horas, um debate sobre o filme Felicidade por um fio, estrelado por Violet Jones (Sanaa Lathan). O Cinepet é uma das atividades do grupo que lidam com Ensino, Pesquisa e Extensão, pois a exibição do filme e os debates são abertos, construídos conjuntamente com todas e todos os participantes.
      O filme aborda a aceitação e o empoderamento feminino através da transição capilar. A transição capilar é um processo de mudança nos fios capilares e internamente. Pois é através disso que muitas mulheres negras ganham força para se compreender e fugir de todos os processos de embranquecimento racistas, como o alisamento dos cabelos. A aceitação e o empoderamento são armas muito preciosas para nós, mulheres negras. Através disso entendemos o nosso lugar no mundo e lutamos contra todas as forças de preconceito que tentam nos impedir de ocupá-lo. No filme, a atriz Violet Jones passa por todo esse processo. Assim como no texto, “Alisando os nossos cabelos”, da Bell Hooks (que também foi passado como referência para o dia da exibição do filme), a atriz era obrigada pela sua mãe a alisar o cabelo. Muitos desses comportamentos são passados para nós de forma ancestral, visto que, nossas mães sofreram as mesmas violências, mas acreditam que o embranquecimento estético é uma forma de ascender socialmente através de laços matrimoniais.

      Através de muita dor e sofrimento, pois além de libertadora, a transição capilar também é dolorosa, a atriz encontra forças para se libertar da prisão dos cabelos alisados e se transforma em uma nova mulher, mais forte e determinada em seus objetivos.

Relato feito por: Queila Romualdo - Bolsista PETGEO.

terça-feira, 11 de setembro de 2018

PETPARTICIPAÇÕES: Palestra “Paradigmas e Revoluções Científicas”

No dia 30 de agosto de 2018, o grupo Geografias e povos indígenas (GEOPOVOS), junto com o PETGEOGRAFIA, com a organização das Professoras Roberta Arruzzo e Anita Loureiro, organizaram a palestra “Paradigmas e Revoluções Científicas”, com a Profa. Dra. Júlia Adão Bernardes, professora do Programa de Pós-graduação em Geografia, da UFRJ. 
Foi uma experiência enriquecedora, onde pudemos aprender sobre metodologia científica, disputas epistêmicas, e criação do conhecimento com esse grande nome da geografia brasileira. 
A palestra aconteceu em uma aula aberta de Epistemologia em Geografia, do programa de pós-graduação da UFRRJ. Saímos extremamente felizes e mais certos de que a luta por um fazer científico horizontal e a preocupação em conhecer a essência do que nos propusermos a fazer vale a pena.




Relato feito por André Bezerra

quarta-feira, 22 de agosto de 2018

Pet geo participações: Relato do IV Intrapet (Encontro Anual dos Grupos PET da UFRRJ)


Nos dias 16 e 17 de agostou ocorreu o IV Intrapet (Encontro Anual dos Grupos PET da UFRRJ) no auditório do PAT no Campus Seropédica. O evento teve como tema central a importância da área de extensão para o programa, com o título “Extensão Universitária no PET: elo ensino-pesquisa para o exercício da cidadania”. Escolhido por votação no Fórum PET (reuniões que ocorrem mensalmente com representantes de todos os grupos PET da universidade), o tema tangencia-se pela valorização de práticas de extensão como atividades transformadoras para a universidade e para a sociedade. A ideia é discutir primordialmente a experiência do aprendizado/ensino e a pesquisa a partir das ações de extensão dentro do PET.
No primeiro dia, após o momento de credenciamento, a mesa de abertura contou com a presença de representantes das pró-reitorias de graduação e extensão, do Fórum PET e do CLAA (Comitê Local de Acompanhamento e Avaliação dos Grupos PET da UFRRJ). Após a abertura do evento, ocorreu o coffee break, organizado por alguns petianos de diferentes grupos. Ainda houve a apresentação dos projetos para 2018 de cada grupo.

O grupo PET Geografia UFRRJ/IM mencionou algumas atividades realizadas em parceria com a Ocupação Vito Giannotti seguindo de uma breve apresentação do livro “Geografia e diálogo de saberes: territorialidades caiçaras em Paraty” lançado pelo grupo em março. Houve ainda a menção do novo livro que o PET GEO está produzindo, “Gente de cá: geografias periféricas”, que conta com algumas demonstrações de produções acadêmicas de ex-bolsistas e capítulos que discutem o valor epistemológico da periferia e a importância dada ao conceito pelo grupo.















Por: Marcus Vinícius Aguiar -  Bolsista do Grupo PETGEO-IM.UFRRJ

RESULTADO DA SELEÇÃO DOS NOVOS PETIANOS REALIZADA NO DIA 22.08.2018

Bolsistas e colaboradores:

1º Mateus Duarte Ferreira
2º Emanuelle da Silva Oliveira
3º Eloá Marcele Nascimento Lacerda
4º Tainá Silveira Ibiapina
5º  Maria Eduarda Pires Bastos
6º Mariana Rodrigues de Souza
7º Thiago da Silva de O. Cardoso
8º Alerrandro Beittencourt de Araújo

Participação voluntária:

9º Thayla Rocha Madeira
10º Sara Firmino de Mesquita
11º André Guilherme A. da Silva
12º Natiele Vitória Castex Arantes
13º Letícia Neves Braga Leal
14º Andressa de Oliveira Rodrigues
15º Luiza Pires dos Santos
16º Igor Batista Lucas



terça-feira, 19 de junho de 2018

PETPARTICIPAÇÕES: O PENSAMENTO DAS MULHERES NEGRAS NO DESENVOLVIMENTO DE UMA IDEIA DE FILOSOFIA AFRICANA POLÍTICA, ENQUANTO CRÍTICA AO EUROCENTRISMO

A imagem pode conter: 1 pessoa, textoNo dia 22/05/18 o grupo PETGEO esteve presente na palestra promovida pelo grupo PETCONEXÕES baixada, no Instituto Multidisciplinar, com objetivo de pensar outras temáticas a partir das margens, enxergando o grupo supracitado como ferramenta para pensar e falar a partir do lugar daqueles que se diferem do discurso tido como hegemônico, o Eurocentrismo. 
A palestra contou com a presença da Filósofa Katiúscia Ribeiro, Mestra em Filosofia e Ensino e Doutoranda do programa de pós graduação em Filosofia da UFRJ. Katiúscia trouxe reflexões acerca da filosofia Africana, cujo objetivo é refletir sobre a ontologia do sujeito por uma realidade que se difere do locus ocidental eurocêntrico de enunciação. Essa filosofia permite pensar a vida a partir de uma outra perspectiva que não seja a Ocidental,mas sim a partir de perspectivas "Suleadoras", contra hegemônicas, no trilhar de um caminho referenciado ao Sul e não ao Norte, tomando a África como centro do diálogo e da existência, esta que por sua vez, só é possível graças às "matrigestoras", mulheres negras, que mesmo estando em um “não lugar” imposto pelo processo de escravidão, conseguiu ser potência, gerou potências, rompeu com uma ciência rígida, desligada do místico, e principalmente, rompeu com uma ciência criada por homens, predominantemente brancos. 
A filosofia Africana busca uma visão do todo e enxerga o homem a partir desse todo, indo contra a tendência eurocêntrica de separação entre razão e emoção, entre homem e o cosmo. Propõem uma visão integrada de corpo com a mente, uma busca por transcendência, indo contra a tendência.
   Filósofa Katiúscia Ribeiro e Professora Fernanda Felisberto
Segundo ela, na filosofia africana a mulher é matrigestora, é "mulher potência", é a força dessas mulheres que movimenta o seu lugar no universo. É um corpo que está para além da racionalidade física. 
Em sua fala pudemos compreender a problemática da Colonialidade do poder e do saber promovidos pelo discurso único do ocidente, e o exercício de resistência constante de romper com essa "azili ocidental", que segundo ela é como se fosse um "sistema operacional que formata a realidade de um povo" para conquistar uma "azili operante"com sistemas plurais, diversos, e não uma única forma de ser, sentir e pensar.  Na fala da filósofa: “O problema não é só o que o ocidente fez, mas também o que ele não nos deixa enxergar. Não queremos uma única perspectiva de viver o mundo e enxergar uma única realidade.” Fala-se aqui do pluriverso (ESCOBAR, 2011) em contraponto a noção de universo, em defesa dos múltiplos pensamentos, das epistemes, das diversas culturas e modos de vida. 
A atividade foi muito enriquecedora e o grupo Pet Geografia gostaria de agradecer ao Pet Conexões Baixadas por momentos inspiradores para novas práticas e reflexões como esse na Universidade.

     


Por: Thayná Cagnin Maia - Francine Santos - Bolsistas do grupo PETGEO.IM - UFRRJ

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CINEPET:

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19-06 ÀS 14:00

PETPARTICIPAÇÕES - CURSO DE LETRAMENTOS E DIREITOS HUMANOS


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No dia 09/05 quarta-feira, no Bloco Multimídia do Instituto Multidisciplinar UFRRJ-Campus Nova Iguaçu, ocorreu o curso de extensão sobre o tema: LETRAMENTOS E DIREITOS HUMANOS. Promovido através do curso de Letras (português-literatura) o curso tinha como enfoque a “Autoria, capitalismo editorial e racismo”, tendo como principais mediadoras a professora Rosangela Malachias (UERJ/FEBF) e a professora Fernanda Felisberto (UFRRJ/IM, professora tutora do PET-Conexões da Baixada).  O evento que em sua maioria era composto pelo alunato de Letras, tinha também alunos de outros cursos como História e Geografia, contudo o grupo PET-GEO/IM e a tutora Anita Loureiro esteve no evento e pode vivenciar momentos e debates importantes a respeito das narrativas produzidas pelas escritoras negras que eventualmente encontram pouco ou nenhum espaço para publicar e difundir suas obras isto sendo resultado de séculos de “racismo estrutural no Brasil”. Com o curso dividido em dois momentos as professoras Rosangela e Fernanda trouxeram discussões de temas como: “Motivação a práxis: Trabalho, pesquisa e ativismo”; “Racismo estrutural e suas implicações”; “Exclusão de possibilidades de cidadania pelos negros”; “Racismo institucional”; “Retirada da humanidade das populações negras”; “Movimento negro na recusa do mito da democracia racial”; “Perspectiva das prisões no acesso a leitura, onde mulheres nos cárceres escreviam cartas pedindo mais acesso a leitura”. Mais para de ambas as partes, foi exibido um documentário sobre os “Cadernos Negros” grupo de São Paulo que publica livros contos e poesias de escritores negros. No fim do evento ocorreu o momento de debate onde o público pode debater as questões que surgiram durante o curso além de poderem contribuir com o mesmo.


Por: Tales Gaspar de Mattos Reis - Bolsista do grupo PETGEO-IM.UFRRJ

segunda-feira, 18 de junho de 2018

PETPARTICIPAÇÕES - IX SEMAGEO DA GEOGRAFIA



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Entre os dias 4 e 8 de julho, o grupo PETGEO esteve interado com a IX Semana da geografia, um evento organizado pelo curso de Geografia do Instituto Multidisciplinar da Universidade Federal Rural do Rio de Janeiro. A SEMAGEO vem ocorrendo desde 2010 com diversas propostas temáticas, em busca de promover a reflexão e proporcionar de atividades voltadas para o ensino, pesquisa e extensão, buscando difundir um conhecimento geográfico capaz de estabelecer o diálogo entre Universidade e Sociedade. 
A IX SEMAGEO teve como tema: "CONTRIBUIÇÕES DA GEOGRAFIA PARA UMA UNIVERSIDADE PLURAL, ABERTA E SOCIALMENTE CONECTADA", fortalecendo o debate de uma Universidade que tenha sobretudo o papel de transformar, e como a geografia enquanto uma disciplina crítica, que pensa as relações e transformações no espaço, se coloca frente a todos os desafios que vêm se levantando, sobretudo para o desmonte de uma educação pública e de qualidade. "A proposta do evento é, portanto, neste contexto de crise societária, reafirmar o compromisso social da universidade, especialmente da ciência geográfica, ao discutir e atuar nessa realidade". 
O primeiro dia do evento (04/06) consistiu em uma mesa composta pelos professores Francisco Chagas do Nascimento Jr (Professor do IM e coordenador do Pré-Enem Social – Ethos), Ronaldo Pimenta de Carvalho Jr (Coordenador de Geografia do Pré-vestibular CEDERJ), Fransérgio Goulart (Historiador, Assessor político do centro de direitos humanos de Nova Iguaçu e militante do Fórum Social de Manguinhos) e Felipp Castelano (Estudante de Letras da UFRRJ, Coordenador de Assuntos para a Juventude de Queimados e Coordenador do projeto Pré-Vestibular Social Prof Fábio Castelano). O assunto girou em torno da temática do acesso às universidades públicas e a oferta de oportunidade promovidas pelos pré-vestibulares sociais ou comunitários. Ainda nesse dia, na parte da tarde, houve um espaço providenciado para apresentações culturais organizado pelo estudante do curso de Geografia, Thiago Cardoso e a Comissão de Cultura da IX SEMAGEO. Apresentaram-se no Hall do IM artistas de diversos estilos, como a Drag Queen Karoline Absinto, a Trupe de Teatro M.E.R.D.A, o Coral de Alunos da Escola Estadual Aydano de Almeida, o Griot Macedo e a banda 5.3 – A Última Estação.
 O segundo dia (05/06) recebemos no auditório, uma mesa em que o tema foi Meio Ambiente, em homenagem ao Dia Mundial do Meio Ambiente, na qual apresentaram-se o professor Nelson Ferreira Fernandes (Departamento de Geografia da UFRJ; Coordenador do Laboratório de Monitoramento e Modelagem Pedogeomorfológica – LAMPEGE), Paulo Roberto Russo (Geógrafo, Analista Ambiental e Coordenador Geral de Gestão Socioambiental do ICMBio) e Juliana Cristina Fukuda (Bióloga, Analista Ambiental Área de Proteção Ambiental de Guapimirim/Estação Ecológica da Guanabara ICMBio).

Além de outras interações como a participação em oficinas, palestras e atividades culturais, o grupo PET teve espaço para apresentar, no terceiro dia, um de seus artigos que se encontra no livro mais recente do grupo. O artigo "Entre a dominação e a resistência: uma análise sobre o turismo e a restrição de direito em São Gonçalo - Paraty" foi apresentado no terceiro dia, juntamente com outros trabalhos de estudantes do curso.

No último dia, houve uma mesa voltada para a Geografia Humana, onde foram discutidas as relações de gênero no trabalho com a professora e socióloga Moema de Castro Guedes (Departamento de Ciências Sociais UFRRJ/ PPGCS-UFRRJ), as relações sociais, de gênero e questionamentos às epistemologias hegemônicas no meio acadêmico com a professora Julia Cossermelli de Andrade (Departamento de Geografia UERJ, Coordenadora do Laboratório Viramundo – Geografias Populares), e a regionalização e formação histórica da Baixada Fluminense com a professora Lúcia Helena Pereira da Silva (Departamento de História UFRRJ/IM). Após a mesa redonda, na parte da tarde, foi promovida pela Coletiva Vandana Shiva – Cultura, Existência e Cotidiano uma oficina com a temática de estudos sobre o Corpo, apresentada pela professora Anita Loureiro de Oliveira (Departamento de Geografia UFRRJ/IM PPGEO/UFRRJ/IM) e pelos demais participantes da Coletiva.

A IX edição da SEMAGEO, utilizou-se, portanto, de um favorecido espaço de troca de ideias e estimulou os participantes ao debate, visando, enfim, o tema principal do evento “CONTRIBUIÇÕES DA GEOGRAFIA PARA UMA UNIVERSIDADE PLURAL, ABERTA E SOCIALMENTE CONECTADA”.     

 




















Para  ter acesso a fotos, certificados, programações e saber mais sobre o evento acesse ao site: https://semageoufrrjim.wixsite.com/semageo


Por: Marcus Vinícius Aguiar - Francine Santos - Bolsistas do Grupo PETGEO-IM.UFRRJ

   

terça-feira, 22 de maio de 2018

CINEPET - Estrelas Além do Tempo




No dia 21 de maio, às 14:00, o grupo PetGeo realizou sua atividade de cine debate com o filme "Estrelas Além do Tempo". O nosso objetivo nesse CinePet foi promover um debate, através da exibição do filme, sobre o algumas formas de discriminação que aparecem, tais como o racismo e machismo.  

O filme se passa durante o período da Corrida Espacial entre os EUA e URSS, e 3 americanas negras funcionárias da NASA protagonizam a história. É nítido que entre muitos, elas se destacaram fazendo com o que os EUA vencesse a corrida, porém em diversos momentos é mostrado o racismo (que ainda era coinstitucional no estado da Virgínia). Por diversos momentos observamos formas de segregação que os negros sofriam, como os assentos separados em ônibus, os banheiros coletivos para brancos eram diferentes dos para negros, e inclusive nas bibliotecas públicas tinham áreas onde os negros não podiam sequer circular, além de escolas onde só poderiam estudar brancos. Dentro da NASA a situação não era muito diferente, fazendo com que mesmo a funcionária que era vista como uma das melhores em sua área, tivesse que ir ao banheiro em outro prédio por conta de não ter banheiros pra negros no prédio para o qual ela havia sido levada para trabalhar temporariamente.

Após o filme, as alunas Queila Romualdo e Fernanda Lima coordenaram o debate acerca das questões mencionadas acima, e podemos então revelar algumas críticas positivas e negativas sobre o filme. Positivamente, o filme cumpre o objetivo de valorizar mulheres que foram de grande importância durante o processo da Corrida Espacial, e mostrar como era a luta para ultrapassar as barreiras do racismo e do machismo pelo o qual passavam por serem mulheres negras. Negativamente, o filme trás a ideia de que o homem branco e chefe de uma das personagens, é o "grande salvador" da história, dando entender que ele tomava algumas atitudes por ser contra o racismo, quando na verdade ele só as tomava quando era em prol do seu trabalho.


Por Leonardo Aragão - Bolsista do grupo PETGEO-IM.UFRRJ