domingo, 14 de setembro de 2014
terça-feira, 2 de setembro de 2014
Saída ao Museu de Artes do Rio de Janeiro
O grupo PET-GEO
organizou uma atividade, intitulada PET no MAR: ARTE, POLÍTICA E GEOGRAFIA, com
os ingressantes do curso de Geografia, com a proposta de ser uma atividade de
integração. Nesta atividade o grupo visitou a exposição “Do Valongo à Favela:
imaginário e periferia”, no MAR (Museu de Arte do Rio) e ainda revisitou o
Circuito Histórico Arqueológico de Celebração da Herança Africana, onde teve a
oportunidade de expor aos ingressantes seu objeto de pesquisa.
Percorrendo todo o
circuito e observando a exposição vemos como ambos dialogam, tanto o circuito
como a exposição demonstram a trajetória dos negros após chegarem ao Brasil,
tendo como cenário a área central da cidade. O interessante da exposição é que
ela retrata um pouco da violência que o negro sofreu, mas muitas das obras
expostas mostram os negros na posição de vítimas. Um olhar atento consegue ver
como os negros são constantemente retratados prostrados, como se nunca tivessem
resistido ao sistema escravocrata. Semelhantemente, o circuito histórico
arqueológico faz a mesma coisa mostra como se deu a ocupação dos negros naquela
área, celebra a cultura deixada por herança, mas omite a luta de resistência e
de reconhecimento de seu território da Comunidade Remanescente da Pedra do Sal.
Com esta omissão vemos mais uma vez na história a presença negra sendo
invisibilizada.
É valoroso que se
celebre a herança deixada e mais que presente da cultura negra, não obstante é
preciso mostrar e celebrar que esta etnia também resistiu e resiste até hoje, é
importante não descaracterizar a luta que existe por trás desta herança.
Michella A. Maia
Bolsista PET Geografia
UFRRJ/IM
PET-GEO-UFRRJ no CBG 2014
O Grupo do Programa de Educação Tutorial em Geografia da UFRRJ participou do VII Congresso Brasileiro de Geógrafos, no período de 10 a 16 de agosto deste ano, apresentando o trabalho “Remoção e resistência na cidade do Rio de Janeiro: lutas pelo direito ao centro da cidade”, artigo este já apresentado no Seminário Metropoles e no SIMPURB 2013, mas que foi revisitado pelo grupo. Na ocasião nosso trabalho fez parte de um Espaço de diálogo (EDP) que possui uma metodologia de apresentação diferenciada, proposta pela AGB, onde formamos uma roda e na presença dos demais estudantes de vários níveis (graduandos, mestrandos e doutorandos) apresenta-se o trabalho e trocam-se experiências que são de muita valia já que os trabalhos tratam sobre temáticas parecidas. No decorrer das quatro manhãs de defesas foram trocadas informações e referências bibliográficas, discussões conceituais e de metodologias. Podemos destacar uma expressão que desde o primeiro dia foi usada em uma intervenção feita por este bolsista, ao perceber que nesse imenso país continental os relatos mudam de região, mas não são mudadas as práticas do capital que aliado aos governos locais constroem uma paisagem segregada, estando aí presentes o Estado e os promotores imobiliários que são alguns dos agentes produtores do espaço urbano (CORRÊA p.146).
Um outro fator importante estava na diversidade dos EDP's, Grupos de Trabalho e Mesas redondas, que propiciaram aos "Petianos" se dividirem em grupos e ao final do dia trocarem idéias sobre cada temática que puderam assistir.
Referência citada:
CORRÊA, R. L. Trajetórias geográficas. 4a. Edição. Rio de Janeiro: Bertrand Brasil, 2010. 304 p.
Rafael Romano
Bolsista PET Geografia - UFRRJ
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