No
dia 13 de setembro o grupo PetGeo- UFRRJ/IM organizou o IV Seminário Juventude
e Metrópole, com a temática: Corpo-Território: Liberdade de ser, sentir e
existir.O evento pautou-se na ideia de que os corpos que transgredem as normas
socialmente imposta são territórios de resistência cotidiana, e essa realidade
se agrava em tempos de crise societária e avanços do conservadorismo em que
estamos vivendo hoje. Nesse sentido, contamos com a presença de Julião Andrade
(Docente UERJ-Maracanã), Bia Onça (pesquisadora do grupo de estudos e pesquisa
formação de professores, currículos, pedagogias decoloniais e
interculturalidades) e Denilson Silveira (docente da UERJ-FFP), para tecermos
diálogo sobre a conjuntura sócio-política
que estamos vivendo e possíveis alternativas de (r)existências.
Inicialmente
contamos com a fala de Bia Onça sobre feminismos negros, tendo como base
teórica as geografias feministas e a epistemologia decolonial. A existência de
mulheres negras é historicamente uma existência de luta, se classificarmos de
acordo com uma pirâmide de vulnerabilidade, as teríamos na base. É necessário
que se aborde o feminismo com suas intersecionalidades de forma especializada para dar conta das
distintas realidades. Em sua fala, pensamos em como esses corpos pode se
apropriar dessa sociedade e uma alternativa para que possamos ocupar os
espaços, é estar em espaços de resistência. E Bia Onça nos apresentou algum
desses espaços, dentre eles, a Casa das Pretas, que é lugar que carrega uma
força política pungente, acolhe e possibilita trocas grandiosas. Denilson
Silveira nos apresentou uma prévia do livro em que está trabalhando, discutindo
a ideia na modernidade, em específico, na modernidade capitalista. Fora uma
fala densa e potente sobre os corpos do homem e da mulher negra são vistos no
espaço, como de forma hipersexualizada, como alvo e que para compreender
mobilidade urbana é necessário racializar o debate.
A fala de Júlia Andrade,
que como a mesma sinalizou, acabou sendo refeita durante devido aos debates que
foram propostas até então, e ela trouxe o questionamento sobre o que não vamos
perder nesse momento de retrocessos, para que a gente focalize em pontos que
possam constituir uma unidade para que
possamos nos fortalecer.
A
presença dos palestrantes e dos alunos foi de grande enriquecimento para
expandir os olhares sobre os assuntos tratados com a troca de experiênciasque perpassam
nossos cotidianos diante das desigualdades e opressões, pensamos juntos em como
lidar com eles de forma resistente, nos fortalecendo com união.
Relato feito por: Fernanda Santos - Bolsista PETGEO
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