terça-feira, 13 de novembro de 2018

IV JUVENTUDE METRÓPOLE: CORPOGRAFIAS TRANSVIADAS



A imagem pode conter: texto


Nenhum texto alternativo automático disponível.

No dia 13 de setembro o grupo PetGeo- UFRRJ/IM organizou o IV Seminário Juventude e Metrópole, com a temática: Corpo-Território: Liberdade de ser, sentir e existir.O evento pautou-se na ideia de que os corpos que transgredem as normas socialmente imposta são territórios de resistência cotidiana, e essa realidade se agrava em tempos de crise societária e avanços do conservadorismo em que estamos vivendo hoje. Nesse sentido, contamos com a presença de Julião Andrade (Docente UERJ-Maracanã), Bia Onça (pesquisadora do grupo de estudos e pesquisa formação de professores, currículos, pedagogias decoloniais e interculturalidades) e Denilson Silveira (docente da UERJ-FFP), para tecermos diálogo sobre a conjuntura sócio-política  que estamos vivendo e possíveis alternativas de (r)existências.



Inicialmente contamos com a fala de Bia Onça sobre feminismos negros, tendo como base teórica as geografias feministas e a epistemologia decolonial. A existência de mulheres negras é historicamente uma existência de luta, se classificarmos de acordo com uma pirâmide de vulnerabilidade, as teríamos na base. É necessário que se aborde o feminismo com suas intersecionalidades  de forma especializada para dar conta das distintas realidades. Em sua fala, pensamos em como esses corpos pode se apropriar dessa sociedade e uma alternativa para que possamos ocupar os espaços, é estar em espaços de resistência. E Bia Onça nos apresentou algum desses espaços, dentre eles, a Casa das Pretas, que é lugar que carrega uma força política pungente, acolhe e possibilita trocas grandiosas. Denilson Silveira nos apresentou uma prévia do livro em que está trabalhando, discutindo a ideia na modernidade, em específico, na modernidade capitalista. Fora uma fala densa e potente sobre os corpos do homem e da mulher negra são vistos no espaço, como de forma hipersexualizada, como alvo e que para compreender mobilidade urbana é necessário racializar o debate. 

A fala de Júlia Andrade, que como a mesma sinalizou, acabou sendo refeita durante devido aos debates que foram propostas até então, e ela trouxe o questionamento sobre o que não vamos perder nesse momento de retrocessos, para que a gente focalize em pontos que possam constituir uma unidade  para que possamos nos fortalecer.
A presença dos palestrantes e dos alunos foi de grande enriquecimento para expandir os olhares sobre os assuntos tratados com a troca de experiênciasque perpassam nossos cotidianos diante das desigualdades e opressões, pensamos juntos em como lidar com eles de forma resistente, nos fortalecendo com união.





Relato feito por: Fernanda Santos - Bolsista PETGEO

Nenhum comentário:

Postar um comentário