quarta-feira, 5 de dezembro de 2018

PET PARTICIPAÇÕES: V Seminário Nacional Metrópole : Relato do 2º dia de evento.

Mesa 5: Expansão Urbana e conflitos territoriais.


     O primeiro trabalho a ser apresentado e discutido pela mesa e os participantes foi o da Pedagoga Cleonice Puggian que tinha como título “Água e justiça ambiental na região hidrográfica da Baía de Guanabara: Aprendendo com comunidades impactadas pela indústria do petróleo e petroquímica.”

   Este trabalho teve como proposta tratar os impactos da atividade petrolífera e petroquímica no município de Magé, Campos Elísios, Tinguá e no bairro de Parque Analândia em São João de Meriti. Os relatos de moradores apresentados pela Cleonice denunciavam a ausência do abastecimento de água para a população local enquanto a indústria gozava de todo recurso. Além disso, em alguns locais as pessoas compravam água de poços privados e outros consumiam água contaminada.

    O segundo trabalho apresentado tratava sobre as populações tradicionais em torno da Baía de todos os Santos na Bahia. Catherine Prost, professora no departamento de Geografia na UFBA, trouxe a discussão partindo da modernização e expansão urbana junto a relação que as empresas estabelecem com o território, que é a de território como recurso. A partir disso, podemos compreender como aquelas empresas instaladas no território quilombola trouxeram consequências irreversíveis para a comunidade. Além dos conflitos diretos com as empresas, a presença dessas organizações trouxe danos à saúde da população local, destruição da natureza que é de onde a comunidade sobrevive.

     Além da ausência do estado na regulação das ações arbitrárias das empresas com a comunidade, o mesmo age diretamente de forma violenta com a comunidade. A instalação da Marinha no Rio dos Macacos trouxe conflitos com os quilombolas e uma das consequências foi a transição e uso controlado do território pela comunidade, a ponto de eles terem que pedir permissão para sair e entrar. Catherine aponta que essa apropriação das empresas retira e exclui qualquer relação imaterial com o território pois o que elas propõem é o desenvolvimento da colonialidade do ser, saber e da natureza.


     O terceiro tema trazido pelo Professor da UERJ Matheus da Silveira tinha como título: “As práticas sócio-espaciais cotidianas como base da escalaridade do movimento dos sem-teto". A partir da leitura da apresentação, Matheus trouxe o conceito de escala dentro de uma análise dos mecanismos de transformações sociais a partir da luta.

Relato feito por : Tháyla Rocha - Colaboradora PETGEO.

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