No dia 08 de março de 2017, o Grupo PETGEO-IM/UFRRJ foi representado pelas bolsistas Beatriz
Maravalhas e Thayná Cagnin no evento realizado pelas mulheres do curso de
História da UFRJ - "Mulheres que não são de Atenas". O evento teve grande participação de
estudantes e professores e abordou temáticas como: a violência contra a mulher
e subjetividade, a redefinição de estupro nas Américas, e a discussão sobre
"Mulheres negras e a violência na literatura" realizado pela
professora convidada Fernanda Felisberto(UFRRJ).
A mesa teve participação de docentes do curso de História da
UFRJ que falaram sobre a necessidade que sentiram de realizar a discussão junto
com o coletivo de estudantes Maria Bonita, para mostrar que a luta não é só das
estudantes e sim de todo o curso. Além disso, a cultura do machismo está
presente em todas as classes universitárias, inclusive dentro do corpo docente.
Após a mesa, as componentes do coletivo Maria Bonita, nos
convidaram para a atividade que iriam realizar junto as calouras e calouros que
estavam tendo a semana de integração delxs nesse período. Durante a atividade
buscamos anotar e desenvolver algumas ideias que iremos levar para a integração
que acontecerá no curso de Geografia da UFRRJ para os alunos de 2017.2, já que além de bolsistas no Grupo
PETGEO-IM/UFRRJ, também somos parte do Coletivo GEOGRAFIA: CULTURA, EXISTÊNCIA
E COTIDIANO, que vem trabalhando as questões de gênero durante as reuniões
semanais.
No final do dia, junto com outras estudantes e docentes da
UFRRJ, incluindo a nossa tutora do PETGEO-IM/UFRRJ, Anita Loureiro, fomos ao
Ato das mulheres contra as reformas da previdência e trabalhistas. Nesse dia, não
queremos flores, queremos companhia para luta.
Esse 08 de março se tornou um dia histórico para os nossos calendários de
luta. Há 100 anos atrás ocorria a Revolução Russa, um marco revolucionário para
a classe trabalhadora e principalmente para as mulheres. Para esse mesmo dia,
na busca por um feminismo a qual todas mulheres e suas pautas únicas fossem
contempladas, foi organizado mundialmente manifestações para esse marcante dia.
Segundo dados do 8M Brasil, foram mais de 370 localidades de 48 países a
aderirem o movimento de Greve Internacional das mulheres.
"Se nossas vidas não importam, que produzam sem
nós" e com essas palavras de ordem, o movimento espelhado nas mobilizações
do Women's March, uma marcha que reuniu milhares de pessoas contra o
conservadorismo do atual Presidente Donald Trump nos EUA e também no movimento
Ni Una Menos, que luta pelo fim do feminicídio na América Latina, reuniu
multidões reivindicando os direitos das mulheres e em destaque especial a pauta
sobre a reforma da previdência proposta pelo governo ilegítimo de Michel Temer.
Tal proposta prevê um aumento no tempo da contribuição e uma
equiparação da idade mínima para aposentadoria entre homens e mulheres. Atitude
esta, que além de prejudicar toda a classe trabalhadora tem em sua raiz um
pensamento de cunho machista, não considerando a dupla ou até tripla jornada de
trabalho a qual a maioria das mulheres estão inseridas. Não considerando as
tarefas domésticas e o cuidado com a prole como um trabalho. Este que na
maioria das vezes na nossa sociedade patriarcal, fica sob responsabilidade apenas
das mulheres. As mulheres também pararam reivindicando o fim do feminicídio, o
fim da reforma do Ensino Médio, que prevê a retirada de matérias fundamentais
para a elaboração de um pensamento crítico, como história e geografia da grade
curricular.
Paramos para exigir que o direito os direitos humanos em
todas as latitudes seja comprido. Que todas as mulheres possam sair as ruas sem
ter a incerteza sobre a volta para suas casas. Que o direito a liberdade e
escolha sobre as atitudes em relação aos seus corpos sejam respeitados. Luta-se
pela equidade!
E no dia 8 de março mulheres, no Centro do Rio de Janeiro e no mundo inteiro gritaram: "BASTA! Não mais. Que essa Luta se perpetue.
E no dia 8 de março mulheres, no Centro do Rio de Janeiro e no mundo inteiro gritaram: "BASTA! Não mais. Que essa Luta se perpetue.
Foto: CUT Rio de Janeiro
Por: Beatriz Maravalhas e Thayná Cagnin - Bolsistas do Grupo
PETGEO-IM/UFRRJ.
Mais informações:
Link do Manifesto das organizadoras da Greve Internacial das
Mulheres:
https://www.8mbrasil.com/copia-convocacao
https://www.8mbrasil.com/copia-convocacao