Figura: Dinâmica da Teia
Foto: Felipe Rodrigues
Os
integrantes Felipe Rodrigues, Gabriel Martins, Guilherme Preato e Yago Anjos,
do grupo Pet-Geo/UFRRJ-IM visitaram o Colégio Estadual Milton Campos, situado em
Nova Iguaçu, no dia 05 de Novembro de 2014 para oferecer uma apresentação de
como funciona o ensino público superior, desde à sua forma de ingresso até a
apresentação da infra estrutura do Instituto Multidisciplinar da UFRRJ, campus
Nova Iguaçu.
A
apresentação foi feita através de um projeto elaborado pelo PET em que o
objetivo era apresentar a Universidade e um pouco sobre o curso de geografia
para os alunos da escola. Digo de antemão que o objetivo foi mais que
alcançado.
A proposta foi iniciar com uma dinâmica de
integração, para “quebrar o gelo” de ambos e, sobretudo, para a apresentação -
nome, idade, município onde reside e curso que pretende fazer-. O nome é
“Dinâmica da Teia”, foi feita da seguinte maneira: todos os envolvidos na
atividade fizeram uma roda, o primeiro que falou pegou um rolo de barbante e
amarrou um pedaço em seu dedo, após sua apresentação, ele jogou o rolo para uma
outra pessoa, aleatoriamente. O processo foi sucessivo, resultando em uma
grande teia no final. Algo importante que percebemos nesse momento foi a
resposta da enquete “Qual curso pretende fazer?”, majoritariamente, os cursos
de preferência foram cursos da licenciatura que o próprio Campus da UFRRJ em
Nova Iguaçu fornece, dentre eles: História, Letras-Português-Licenciatura,
Letras-Português-Espanhol e Pedagogia. Ninguém optou por geografia, no final da
apresentação levantamos uma hipótese para motivo.
Depois da dinâmica, a apresentação começou,
explicamos a forma que o aluno tem que fazer para ingressar em uma Universidade
Federal, que é através do ENEM (e ressaltamos que não somente uma Federal, mas
também algumas privadas, através do PROUNI), aproveitamos o momento para dar
algumas dicas sobre o que seria bom para eles fazerem no dia da realização da
prova –comida, vestimenta, posição ao sentar, cuidado ao escolher qual cadeira-.
Em seguida, falamos sobre o SISU. Os alunos se atentaram muito para essa parte
porque foi inovador, a maioria desconhecia esse processo, inicialmente pareceu
complicado, mas tudo foi ficando claro com o passar da explicação, até mesmo porque
eles estavam perguntando e as respostas foram dadas. Após essa etapa, situamos
e comentamos sobre as diversas Universidades federais do R.J, esse momento foi
bom porque eles ficaram um pouco aliviados, viram que há bom número de opções
disponíveis. O próximo tópico de apresentação foi sobre as cotas, bolsas e
programas que a Universidade oferece, outro aspecto bem importante que os deixaram
bem tranquilos, pois souberam que há condições de renda dentro da academia.
Explicamos todas as possíveis formas de pedir cotas, o que são e como conseguir
as bolsas de permanência e esclarecemos o que são os programas –PET, PIBIB,
PIBIC, PROEXT-. A partir desse momento “entramos no IM”, apresentamos a
estrutura física -interna e externa-, vale dizer que acharam tudo muito bonito,
e mostramos todos os cursos que a nossa Universidade oferece com seus respectivos
horários, nesse momento, deu para observar a alegria deles, porque, como já foi
relatado, a maioria queria fazer algum curso que o há no IM, nossa hipótese é
que eles, em maioria, são do Curso Normal-Formação de Professores, e por isso a
preferência com os cursos de licenciatura. Por falar em “Licenciatura”, tiramos
uma tremenda dúvida que já foi colocada no início: a diferença entre
licenciatura e bacharelado. Terminamos com chave de ouro; o tópico final foi
falar um pouco sobre a geografia, quando a pergunta “O que você compreende que
seja a Geografia?” foi feita, as respostas foram unânimes: saber capitais,
relevo, nome de rios. Eles estavam presos a essa concepção de geografia como
“decoreba”, chata, por isso que uma aluna perguntou para o grupo, no início, o
motivo de estarmos fazendo geografia, ela quis saber o motivo de estarmos
fazendo essa disciplina tão “chata”, “enfadonha”, “desinteressante” (usando as
palavras de Yves Lacoste), por causa disso que também levantamos a hipótese:
ninguém optou por geografia (no início, na dinâmica da teia) porque estava
claro que os alunos daquela sala não tiveram a oportunidade de conhecer as
outras geografias, as que questionam, as que são críticas. Falamos um pouco
sobre esse outro lado da geografia que eles não conheciam, mostramos o
currículo de matérias, nesse momento perceberam o quão abrangente e importante
é a geografia.
Concluindo,
é por isso que dizemos que fechamos com chave de ouro, porque além de
apresentar universidade, de incentivar uma vontade neles de estudarem perto, de
valorizarem essa oportunidade de termos uma Federal em Nova Iguaçu; mudamos um
pouco a concepção deles do que é a geografia. Foi uma experiência rica para
ambos, aprendemos muito também, como futuros professores ficamos tocados e ansiosos
para começar a trabalhar. Não imaginávamos que a experiência seria tão boa, é
por isso que, no primeiro parágrafo, colocamos que o objetivo foi mais que
alcançado.
Por: Gabriel Martins - Colaborador do Grupo PET-Geo/UFRRJ-IM