A referida mesa contou com as presenças de Anita Loureiro de Oliveira (DEGEO e PPGGE-UFRRJ/IM), Maria Del Carmen Ledo García (Universidad Mayor de San Simón/Cochabamba-Bolívia), Thais de Bhanthumchinda Portela (ProuRb-UFBA), Adriana
Bernardes (UNICAMP) e Fabio Tozi (UFMG).
Destaco aqui, a fala de Thaís De Bhanthumchinda Portela, que tem um trabalho de investigação acerca das questões teóricas e empíricas relacionadas às políticas que agenciam diferentes modos de fazer as cidades contemporâneas no contexto de crise do Antropoceno, trabalhando assim a Cartografia da Ação neste período.
Suas indagações críticas ao Antropoceno dialogam com Donna Haraway à medida que aponta a necessidade de pensar num novo e potente nome que abranja todas as particularidades desta espécie humana, assim sendo: Capitaloceno e Chthuluceno - passado, presente e o que está por vir.
Ao passo que aborda o confronto direto com o capital no qual nossa espécie segue travando uma batalha, Portela traz a potência do sujeito corporificado na busca por novas alternativas, por racionalidades alternativas; nesse sentido, a obra de Byung-Chul Han “Sociedade do Cansaço”, traz a reflexão de que nessa sociedade, respaldada no desempenho, no trabalho e na acumulação de capital, acabamos por explorar a nós mesmos, “fingindo que entendemos” e adoecendo por conta disso, como nos fala.
Ela deixa claro que precisamos “matar o nosso herói”, pois só assim não buscaremos grandes feitos utópicos e inalcançáveis de nós mesmos e isto só se dará se superarmos esses modelos pré-existentes de sociedade com as racionalidades alternativas.
Relato feito por : Maria Eduarda - Colaboradora PETGEO.
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