segunda-feira, 30 de maio de 2022

Geografia e Música

Para fechar o dia do Ciclo Geografia & Música que aconteceu (19/05) no PET Geografia, tivemos a apresentação do petiano Bruno Rabetim! 🗣️🧡🧡 O encontro com o tema: "Do Grime ao Brime: O Diálogo Entre o Estilo Inglês e o Brasileiro." foi um momento incrível onde o Bruno percorreu pelo Grime, apresentando diversas músicas que compõem a sonoridade do estilo, ressaltando como o mesmo marca uma identidade cultural! ✨ A exposição traz um diálogo sobre um expoente da cultura de rua do Rio de Janeiro e de Londres, estamos falando do grime. Durante a apresentação o pensar geográfico e a noção espacial atrelada ao estilo musical demonstra resistência cultural, racial e a luta pela permanência no espaço. O entender de como se deu a criação do estilo e a evolução através do lugar e da paisagem pelas combinações de ideias de um grupo e como eles representam o espaço através desse estilo de vida, que é o grime. Com a ascensão e chegada definitiva ao mainstream do grime, gênero musical britânico, era apenas questão de tempo para os elementos que o compõem, como por exemplo, a sonoridade mais rápida, tradicional do estilo, ser observada em outros países. E no Brasil, um dos pioneiros no estilo, FEBEM, trouxe em seu ep Brime! a essência e a presença do estilo. Através da apresentação o estilo é aprofundado, além do entendimento de espaço, as relações complicadas em um país como nosso se fazem presentes. O contato com o futebol, com a desigualdade, preconceito e resistência, são fatores que se fazem presentes nas rimas embaladas pelo 140 bpm. Com muito ritmo e muita letra o grime se faz resistência no Brasil.

Gegrafia e Música

Seguindo no Ciclo Geografia & Música que rolou quinta (19/05) no PET Geografia, tivemos também a apresentação das petianas Cecilia Alejandra e Lorrane Nunes! 🗣️💙💙✨ Com o tema "Geografias Corporificadas: Uma Análise do corpo e sua territorialidade na música "Um Corpo no Mundo" de Luedji Luna", as petianas trouxeram uma abordagem riquíssima, cheia de afeto, significado e potencialidades! A apresentação "Geografias Corporificadas: Uma Análise do corpo e sua territorialidade na música "Um Corpo no Mundo" de Luedji Luna" foi construída com o objetivo de propor uma análise geográfica sobre a letra e a sonoridade da música. Neste sentido, buscou-se atentar sobre os aspectos socioculturais e territoriais que permeiam a história cantada pela artista. Ademais, é importante salientar que Luedji Luna traz de forma poética suas vivências enquanto mulher negra e os atravessamentos que teve ao se mudar de Salvador para São Paulo. Sendo assim, a artista traz brilhantemente temas como direito a cidade, territorialidade, pertencimento e solidão, num lugar desconhecido e o processo de tentar se encontrar no mesmo.

Geografia e Música

Segundouuu e o PET Geografia gostaria de lembrar que quinta-feira (19/05) foi dia de Ciclo Geografia & Música! 🗣️💙 Nosso primeiro momento teve o tema: "Geografia: Paisagem e Música" e foi apresentado pelo petiano Lucas Almeida, que trouxe uma análise sobre paisagem e geomorfologia através de obras da cantora Bjork!!!! Foi um momento maravilhoso! 🧡 O trabalho "Geografia: Paisagem e Música" trouxe uma abordagem sobre a obra da cantora Björk e a influência direta de elementos da Geografia em toda sua obra. Na brilhante "Jóga" (1997) a cantora faz uma ode à sua terra natal, a Islândia, mostrando diversos terrenos e paisagens do país. Já em "Oceania" (2004) a artista mostra a visão que os oceanos possuem do planeta Terra e como somos pequenos em relação à eles. Em "Mutual Core" (2011) a cantora utiliza a geologia como uma metáfora para as relações humanas, dialogando com conceitos como o da estrutura da terra e a teoria da tectônica das placas. Björk é uma influente cantora e compositora islandesa, que já chegou até a ganhar o Polar Music Prize, conhecido como o "Prêmio Nobel da Música". Gravou seu primeiro disco com 11 anos, aonde ela interpretava músicas de vários artistas como The Beatles e Stevie Wonder. Em 1993, após o fim da sua banda The Sugarcubes, ela iniciou sua influente carreira no pop de vanguarda, com sua música sendo baseada na eletrônica mais experimental com influências de música clássica, rock, jazz, folk, industrial e vários outros gêneros. A cantora também mantém uma forte relação com a cultura do Brasil, desde "Isobel", música inspirada pela cantora Elis Regina, até parcerias musicais com artistas brasileiros como Milton Nascimento.

sexta-feira, 20 de maio de 2022

Geografia e Música

Resumo por Lorena Dorigo: O artigo “Geografia e cinema: uma interpretação dos espaços carcerários no filme Carandiru (2003)”, da petiana Milla Pinheiros, traz uma potente reflexão sobre o diálogo entre a pesquisa geográfica e o cinema, fazendo uso do filme Carandiru, do diretor Hector Babenco, para falar sobre o massacre ocorrido em 02 de outubro de 1992. No texto a autora deixa claro que as representações fílmicas expõem diferentes espaços e experiencias. Nesse sentido, essas representações não são e nem precisam ser uma “cópia” da realidade, uma vez que, segundo Baraúna (2001), “a representação estabelece a maneira pela qual uma determinada realidade é construída por distintos grupos sociais”. Dessa forma, o texto vai fazer uso da representação trazida no filme Carandiru, bem como o uso das imagens geográficas representada nele, para dialogar com o massacre de 02 de outubro de 1992 e a realidade do sistema penitenciário brasileiro. Trazendo para o texto algumas situações e personagens, a autora vai falar como dentro desse sistema predomina as relações de poder e hierarquia. Existindo dois códigos que regulam o comportamento daqueles que são privados de liberdade: o formal, aquele da direção do presídio, e o outro é aquele estabelecido a partir das relações das próprias pessoas privadas de liberdade. Outros dois pontos relatados no filme e no artigo são as questões das visitas intimas, que representam, dentro desse sistema, uma moeda de troca ou uma medida de recompensa. Além disso, também é falado sobre as questões sanitárias desses presídios. A insalubridade abre espaço para o surgimento de doenças que se apresentam por endemias, tratadas na obra Carandiru e no artigo de Baraúna. Partindo para o final do artigo, fazendo um diálogo claro com a parte final do filme, temos contato com o chocante e duro caso do massacre que aconteceu em 1992. A autora traz os números que causam a indignação: 111 mortes, 130 feridos, 515 tiros feitos por PMs, 73 policiais condenados que seguem em liberdade. A situação do sistema penitenciário brasileiro pode ser tema de debate em diferentes recortes, para falar sobre diversas problemáticas. Nesse sentido, estudos como o de Baraúna são essenciais, assim como obras como o Carandiru.

Geografia e Música

Resumo do Petiane Lucas Nascimento: O artigo no seu início trata sobre como o lar é um espaço muito mais amplo do que, segundo as palavras da autora, um “conceito de paredes erguidas sob o chão”. Nesse sentido, mulheres negras a partir de uma lógica racista e sexista, habitam esses lares sofrendo marcas que são frutos de uma conjuntura social que coloca esses corpos sob uma perspectiva de inferiorização, onde é arrancado o direito dessas mulheres de aproveitar esse espaço da mesma forma que corpos privilegiados socialmente aproveitam. Dessa forma, como muito bem traz o artigo, é fundamental que mulheres negras não sejam encaradas apenas como cuidadoras de outros corpos, mas que elas vislumbrem que seus lares sejam espaços de acolhimento, nos quais elas também podem receber afeto. O texto traz várias referências de Bell Hooks a Lélia Gonzales que contribuem para a construção de um pensamento que possibilite que a mulher negra acredite num futuro libertador através de um espaço onde ela possa se amparar. Assim sendo, o artigo aborda muito bem essa busca da mulher negra pelo direito em ter um lar afetivo, onde a reciprocidade seja uma realidade.

sexta-feira, 13 de maio de 2022

Geografia e Música

Seu Jorge brilhantemente e com uma linguagem popular traz a natureza das dinâmicas que permeiam diariamente a vida dos trabalhadores urbanos. Nessa música podem ser traçados alguns temas que a geografia se debruça, tais como: a rotina cansativa e estressante do trabalhador; a precarização do trabalho e os baixos salários e, ainda, o desemprego. Há inúmeros fatores que tornam a vida do trabalhador cansativa e estressante. A migração pendular devido à concentração espacial de trabalho pode ser apontada como uma causa importante, fazendo com que os trabalhadores precisem se deslocar diariamente a longas distância. Além disso, há a exacerbação de uma mobilidade urbana ruim que faz com que o trabalhador gaste horas do seu dia fazendo o trajeto de ida e volta ao trabalho. Já a precarização pode ter em uma de suas causas as sucessivas desregulamentações que propicia a possibilidade de as empresas pagarem menores salários e oferecerem vagas de emprego com jornadas cada vez mais longas. E por último, a música retrata o desemprego enfrentado pelos trabalhadores que muitas vezes se formam em cursos específicos e não encontram emprego em sua área e, assim, precisam ocupar vagas menos complexas e com salários mais baixos porque precisam sobreviver. Grupo PET reunido nas apresentações:

Geografia e Música

O trabalho “Geografia: conceitos e músicas” consiste em uma breve demonstração dos conceitos básicos e fundamentais da ciência geográfica, que consiste em Espaço, Território, Lugar, Região, Paisagem e Redes, que foram explicados, respectivamente, através das músicas “Planeta Vênus- Baby do Brasil”, “Negro Drama- Racionais MC’s”, “Meu Lugar-Arlindo Cruz”, “Ilha de Marajó-Gaby Amarantos”, “Aquarela Brasileira- Martinho da Vila” e “Pela Internet-Gilberto Gil”. O intuito era apontar como a ciência geográfica está presente nas músicas brasileiras, e como seus conceitos estão presentes no nosso cotidiano.

quarta-feira, 11 de maio de 2022

Roda de Leitura 10/05

Neste artigo, com muita sensibilidade, Maria Eduarda nos traz reflexões acerca do livro Torto Arado, de Itamar Vieira Jr. Torto Arado, que é vencedor dos prêmios Oceanos e Jabuti, revela ao leitor a vida cotidiana de descendentes de escravizados africanos no interior da Bahia, suas maneiras de existir e resistir frente ao silenciamento provocado pela hierarquização de saberes e racismo presentes na sociedade brasileira. Através da narrativa do dia-a-dia da comunidade da Fazenda Água Negra, em que vivem as irmãs Bibiana e Belonísia, é possível mergulhar em questões contemporâneas e atualíssimas como o direito à terra, a luta campesina e o direito das mulheres. Em sua análise, Maria traça conexões entre o enredo envolvente de Itamar e o processo histórico do território da Chapada da Diamantina - já que o livro não trata de datas exatas, a autora do artigo guia o leitor através dos acontecimentos descritos no referido livro e suas respectivas ligações no tempo e espaço, de modo a priorizar “como valor metodológico a afrocentricidade” (p.56), com o objetivo de “subverter a ideia introjetada de que o campo e as ruralidades determinantemente atrasado e subalterno” (p.59). Maria destaca a importância das festividades do Jarê, prática religiosa exclusiva da Chapada da Diamantina, como resistência, estandarte e elo da profunda e contínua construção da sociedade local: o Jarê representa tudo que ali se formou e se forma, as relações entre pessoas compulsoriamente subalternizadas que ali se encontraram, o espaço que elas habitam e constroem sua territorialização. Para quem leu Torto Arado, a narrativa de Maria Eduarda é necessária ao entendimento do livro ao trazer conceitos como amerifricanidade (GONZALEZ, 2020) e cosmovisão (KRENAK, 2020), o que alimenta o universo de questionamentos que é formado após a leitura do livro de Itamar. Para quem não leu Torto Arado, com toda certeza, ler o artigo de Maria trouxe muita curiosidade e interesse para realizar esta leitura! Torto Arado: A consciência e a memória na construção da identidade Jarê da Chapada da Diamantina - Maria Eduarda Pires Bastos Por Vitória de Oliveira Tavares

Roda de Leitura 10/05

Contribuições das artes e geografias negras para a luta contra a violência policial Sobre a narrativa de um relato pessoal e íntimo o artigo atravessa fatos nos atravessam diariamente, fatos da violência de um sistema de opressão que sobre lógica racista exercem poder sobre a vida e a morte, onde uma parcela da população é preterida. Para conduzir sua fala o autor escolhe utilizar das relações entre as artes e a violência policial, como um todo segundo o próprio o artigo se desenvolve ao propor “encarar as produções artísticas negras como ferramenta de luta antirracista” . Ao compreender que para abranger assuntos específicos de uma comunidade socialmente apagada e negligenciada o autor exemplifica a necessidade de compreender de formas amplas o debate relacionado as periferias. Na defesa de sua fala o autor se pronúncia a partir de pensadores negros de imensa notoriedade como Milton Santos, Andrelino Campos, Conceição Evaristo e o filósofo camaronês Achille Mbembe. Além de referenciar a importância da participação no PET Geografia da UFRRJ-IM e a apresentação de temas em ciclos de debates sobre as geografias negras. Por Gil de Oliveira, Bolsista e discente do curso de Geografia da UFRRJ-IM

Roda de Leitura 10/05

No livro “Geografarte: perspectivas dialógicas entre geografia, arte e literatura”, o artigo do integrante do PETGEO-IM Yuri Braz Pereira Santos traz o dilema de negros na sociedade brasileira e a arte como afirmação. Yuri trata sobre o processo de branqueamento no qual o individuo negro estão submetidos desde a colonização até o atual momento da sociedade brasileira, em que negros enfrentam essa divisão sobre como se autoafirmar/autodeclarar sobre sua raça e cor. O artigo aborda a exposição “Pardo é papel” do artista plástico Maxwell Alexandre, onde ele vem trazendo uma visão de resistência e autoafirmação do povo negro, uma população que sempre sofreu com um silenciamento pela sociedade. No texto, o autor contextualiza o uso do termo pardo, mostrando como a construção histórica do Brasil é cunhada num racismo, onde o negro sempre esteve num lugar de desvalorização estética da cor negra, em que a minoria colonizadora impôs que a cor negra seria feia e que o belo se aproxima da cor branca. A classificação racial do povo negro no Brasil sempre foi associada a formas pejorativas e também a uma existência de uma polaridade classificatória racial, cujo no período colonial o âmbito de classificação era feita pela Santa Casa da Misericórdia. Essas classificações pejorativas também é uma forma de apagar a cultura e a autoafirmação de um povo. Por Nathan Almeida, bolsista do PET Geografia e discente do curso de Geografia da UFRRJ-IM

terça-feira, 3 de maio de 2022

Nossa Ultima Seleção PET GEO

Resultado final para fazer parte do PETGEO🗣️🗣️🗣️🗣️ Gostaríamos de parabenizar e dar boas vindas aos novos petianes!