quarta-feira, 13 de maio de 2015

PET CONVIDA - Francisco. - Considerações.

Nos dias 09 e 16 de abril, o PET- Geografia teve a honra de receber  para participar de sua  atividade denominada “PET convida” o professor  Francisco Chagas do Nascimento Júnior (UFRRJ-IM/DES)  para discutirmos e refletirmos sobre o conceito de território através da história do pensamento geográfico e nos debates acerca das problematizações que tal conceito apresentava e para tal , os encontros foram intitulados “Território: da teoria à concretude do uso do território nos países subdesenvolvidos  . A reflexão nos dois encontros se deu a partir  das colocações do professor Francisco Chagas e indicações bibliográficas feitas pelo mesmo a fim de  embasar nosso debate sobre território.
            Nos dois dias de debates , Francisco Chagas buscou indicar que modo o conceito de território estava sendo utilizado na atualidade, principalmente nas políticas públicas e nos anos 90 como um método de planejamento setorial, a fim de demonstrar que o poderíamos ter território ou territórios, apresentando o esvaziamento em torno do sentido e do conteúdo histórico, assim , buscando entender a construção do território a partir de sua origem, demonstrando o quanto as relações de poder, dominação social dos homens e dos lugares estavam presentes nas primeiras concepções e formulações sobre o conceito discutido durante os encontros. O território seria então nessas primeiras impressões o local onde se exercita o poder e é a expressão geográfica da expressão do poder e a diante faz apontamentos sobre Ratzel, sua antropogeografia e o território, expressando sua formulação de espaço vital (sob uma visão naturalista) e como era ideologicamente utilizado para a dominação de espaços para a reprodução de um povo e pelo progresso oriundo dos desfruto dos recursos disponíveis e a acirrada competição por  domínios de terras longínquas diante da lógica imperial estabelecida neste momento.
            O debate segue com as discussões sobre o papel geopolítico do território esclarecendo assim que o Estado formado é fragmentador do espaço geográfico e impera diante de uma soberania relativa devido a instabilidade territorial que resguarda os Estados e também devido a sua abertura aos fluxos econômicos que abrem suas barreiras para diversos agentes. Tal abertura mostrará a interdependência dos territórios nos espaços de investimentos acarretando nas concepções de Gothman sobre o espaço trampolim e o espaço de segurança (abrigo) e em seguida aponta como se diferencia os agentes sendo:paradigmáticos ( pensando nos fins ) e o sintagmáticos (surgem de relação espontânea. Diante desta configuração, estabelece as relações de poder e a constituição das territorialidades , saindo da mão exclusiva do Estado no campo material e passam para aos agentes que dinamizam o lugar voltado ao campo do simbólico e do imaterial.
            A partir da década de 70 do século XX, ocorre a revisão do conceito de território buscando fazer a releitura das relações de poder estabelecidas através não mais na esfera política apresentando nova abordagem teórico- conceitual demonstrando que ocorre uma produção de códigos e símbolos na hierarquização e relações de poder e que a dominação agora ocorre de forma “sútil” dos lugares e das pessoas nos níveis cultural com a mass media e econômico através dos mecanismos de dominação interestatal e a relação agora fundamenta-se na relação entre ações dos agentes econômicos e da formação de territórios não institucionalizados, mas que utilizam mecanismos estatais para regular a territorialização. Com a aplicação do método fenomenológico nas concepções  sobre o conceito de território, o mesmo visa  o reconhecimento do local de ação, simbólico e de pertencimento remetendo- se ao eu no s recortes dos microterritórios que são territórios significados por um grupo.
            Ao final busca apresentara as novas concepções modernas sobre o conceito discutido ao longo dos dois encontros fundamentados na formação de blocos regionais e nas células supranacionais, findando assim, no território rede (grupo híbrido que carrega contigo os elementos   de cultura de um território), desterritorialização e multiterritorialidade (uso de espaços diversos).




Por: Djalma Navarro - Bolsista do grupo PETGEO-UFRRJ/IM.




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