terça-feira, 1 de dezembro de 2015

PET - Debates: Micropolítica: Cartografias do Desejo - Suely Rolnik

                    No dia 28/10/2015 nosso grupo fez a discussão do primeiro capítulo do livro “micropolítica> cartografias do desejo” onde o grupo pretende ler e debater ao longo das próximas reuniões para embasamento coletivo das pesquisas individuais.

                   A autora inicia o texto falando do conceito de cultura e seu caráter reacionário. Também coloca que a cultura só existe como esfera autônoma em nível de mercados de poder, dos mercados econômicos. Ela chama de modos de produções capitalísticas, para abranger diferentes tipos de economia, e salienta que existe o controle da esfera da subjetividade, que ele chama de “cultura de equivalência”. Assim, o capital ocupa-se da sujeição econômica e a cultura da subjetividade. Entrando no debate sobre cultura de massa o autor fala da criação de indivíduos normatizados, hierarquizados, e que gera certo tipo de submissão nessa produção. Após isso o autor fala da mudança do conceito de cultura ao longo da história moderna, e separa em três sentidos, que designa sentido a, b e c. No sentido a seria a “cultura valor”, ligado a quem tem e quem não tem cultura. O sentido b é a “cultura-alma coletiva”, ligado à civilização. Segundo o autor, uma forma democrática de cultura, usada por povos para reivindicar sua cultura. O terceiro sentido, o c, está ligado a cultura de massa, seria a “cultura mercadoria”. Após isso a autora comenta um pouco sobre o surgimento de cada sentido, começando pelo a, que surge com a burguesia, que seria uma forma de classificar níveis de cultura. No caso, a cultura da nobreza estaria em um nível maior que outros. O sentido b já é uma tentativa de democratização do conceito de cultura, surgido no século XIV, porém, o autor afirma que não deixa de ter um caráter até racista em seu conceito. O autor fala da problemática de o conceito de cultura chegar para os povos indígenas de maneira fragmentada. Religião, práticas econômicas, etc, e esses povos não sabiam o que era cultura, visto por essa ótica. Já a o sentido c, a cultura mercadoria, se prende em apenas vender mercadoria cultural. Segundo o autor, não se trata de uma cultura a priori, mas de uma cultura que se produz, reproduz e se modifica constantemente. Para a autora, os três sentidos continuam a funcionar na nossa sociedade, esses três sentidos se juntam para o que ela denomina de “força coletiva de controle social”. Entre outras discussões, a autora diz que no fundo só há uma cultura, a capitalística.




Por: Willian S. Rocha - Bolsista do Grupo PETGEO-UFRRJ/IM.



sexta-feira, 16 de outubro de 2015

PET - Debates: O Sujeiro e Poder - Michael Foucault

Durante a reunião do dia 14 de outubro de 2015, os integrantes do grupo PET – Geografia realizaram a atividade de leitura compartilhada, que consiste na escolha de um texto e a partir daí ocorre a apresentação do mesmo, acompanhada de explicações e debates, em especial, associados às pesquisas produzidas pelo grupo; No caso desta quarta-feira, o texto foi “O Sujeito e o Poder” do autor Michael Foucault.

O texto começa abordando sobre como os seres humanos tornam-se sujeitos, de forma multifacetada, seja o sujeito na forma gramatical dos idiomas, sujeitos da sociedade econômica e sujeitos biológicos. Assim, o autor enfatiza que esta preocupação em identificar e estudar os sujeitos e a forma como os mesmo são desenvolvidos é uma maneira para melhor compreender o que é o “poder”, não partindo exatamente da análise deste, mas de outros aspectos, como as experiências dos sujeitos, para que daí sim seja alcançada a compreensão do “poder” e todas as suas particularidades enquanto conceito e aplicação prática.

Desta forma, é apresentado que as formas de resistência devem ser identificadas como ações presentes numa relação de poder, levando à compreensão de que onde há resistência, há poder, em que o(s) sujeito(s) que está(ão) sendo submetido(s) à determinada ação de poder por parte do(s) sujeito(s) que exerce(m) o mesmo, realiza uma resposta antiautoritária a este exercício de poder, ou seja, a demonstração de descontentamento. Assim, o autor afirma que analisar o “poder” a partir das ações de resistência é um método de compreensão fora da racionalidade interna das relações de poder, e sim, através do “antagonismo da estratégia” (p. 234).

Ao longo desta abordagem sobre a importância de reconhecer quais as ações de resistências e os sujeitos destas ações, os estudantes presentes na leitura do texto identificaram este método àquele utilizado pelo grupo PET em suas pesquisas, visto que há a tentativa de evidenciar quem são os “de baixo” destas relações de poder, e o que eles têm a dizer, qual é a racionalidade alternativa à racionalidade dominante midiática oriunda através destas vozes, seja por meio da manifestação artística, protestos, dentre outras formas, objetivando afirmar o seu direito à cidade, seja por moradia, seja por apropriar-se de determinado locus para o exercício do turismo ou ações culturais diversas.

Assim, é demonstrado como a estrutura de poder utilizada pelos Estados tem sua origem muito vinculada àquela utilizada na estrutura da igreja desde séculos passados, até porque o poder vive em transformação e adaptação. Pois o “poder pastoral” buscava doutrinar, levar o indivíduo/população a um determinado fim, neste caso, à salvação; Já no caso do Estado, há uma busca de assegurar ao indivíduo o bem-estar, saúde, segurança, educação, dentre outros aspectos das sociedades atuais; Há, também, modificação na materialização institucional de como este poder será exercido, enquanto no poder pastoral havia a instituição denominada de igreja, no caso do poder governamental há diversas instituições e aparelhos para que o mesmo seja efetivado.

É muito enfatizado que o poder não é algo que se detém, não é um objeto, mas sim uma ação, está nas relações sociais, e para tal, é necessário haver indivíduos, que se transformam em sujeitos, e a partir daí, a relação de poder é ocorrida. Logo, o autor afirma “O termo ‘poder’ designa relações entre ‘parceiros...” (p. 240), e complementa, “O exercício do poder consiste em ‘conduzir condutas’ e em ordenar a probabilidade [...] como um modo de ação sobre as ações dos outros.” (p. 244).


Por fim, é perceptível que o “poder” trata-se de ações presentes nas relações sociais entre sujeitos, assim, o autor afirma que uma sociedade sem relações de poder só existe enquanto abstração, sempre havendo uma estratégia de atuação por parte de quem exerce o poder, visando atingir, da melhor forma possível, os seus interesses, e uma estratégia de resistência e resposta por parte dos sujeitos submetidos a estas ações, estando estas presentes em diversas instituições da sociedade atual, como a instituição familiar, escolar, empresarial, dentre muitas outras.

Por: Henderson Neiva - Bolsista do Grupo PETGEO-UFRRJ/IM.

PET-Debates: Território e (des)territorialização - Marcelo Lopes de Souza



             No dia 23 de Setembro de 2015 o grupo debateu o texto "Território e (des)territorialização " capitulo do livro Os conceitos fundamentais da pesquisa sócio-espacial de Marcelo Lopes de Souza (Departamento de Geografia da Universidade Federal do Rio de Janeiro) com o objetivo de apreender e atualizar conhecimentos e assim da inicio a novas pesquisas coletivas.

            Em primeiro momento o autor faz um resgate de sua definição de território publicado no ano de 1995, salientando o tamanho da repercussão que teve sua definição: “é fundamentalmente, um espaço definido e delimitado por e a parti de relações de poder” (SOUZA, 1995, 78) e como foi acompanhada de equívocos de interpretação, inclusive de pessoa que diziam concorda com o autor, e isso o fez retomar o pensamento e a discussão para corrigir esta má interpretação e acrescentar algo novo.
O autor ressalta que esta definição é formula que deve ser vista como uma primeira aproximação, que é necessária, mas que por si só não dá dimensão total do sentido de território e que e necessário uma segunda aproximação que ele aborda mais afrente no texto. E toma-la como sendo um único tempo e subverter a motivação e o intuito do texto de 1995.

Após esta primeira abordagem o autor dá uma pausa no conceito de território para poder discutir o conceito de poder e é nesse momento que o autor busca através de citações e complementos próprios conceituar a noção de poder. Ele se utiliza bastante da autora Hannah Arendt que conceitua o poder não como uma “coisa” ou “algo” e que o poder só se perpetua enquanto o grupo que deu origem este acredita em seus ideais e se mantem unido, caso não tende a ruir, mas também cita outros autores como o cientista politico alemão Günther Maluschke com suas ideias de poder, dominação violência, autoridade e competência e o filosofo Greco-francês Conelius Castoriades o qual o autor diz que consegui em certo sentido alcançar um entendimento mais além do que os autores Arendt e Foucault  e que este autor deixa claro que  não é possível  haver um sociedade sem o poder e que pensar isso é se ater a uma ficção.

Em seguida o autor faz uma alusão a pensamentos e pensadores anarquistas e continua a conceituar o poder e suas formas de exercê-lo e como sempre há um embate entre as formas de poder existentes.

Após essa pausa o autor retoma a discussão de território para começar a discutir as ideias de territorialização e (des)territorialização e fecha o capitulo com esta discussão e faz um mensão sobre os capítulos posteriores.

Todas as referencias bibliográficas deste e do texto discutido constam no livro “Os conceitos fundamentais da pesquisa sócio-espacial” de Marcelo Lopes de Souza, editora Bertrand Brasil, ano 2013, EAN: 9788528617320.


Por: Bruno Pereira - Bolsista do grupo PETGEO-UFRRJ/IM.

PET-Debates: “Por uma Geografia Cidadã: Por uma Epistemologia da Existência” - Milton Santos.

No dia 23 de Setembro de 2015, o grupo se reuniu para o debate a respeito do artigo publicado pela Associação dos Geógrafos Brasileiros no Boletim Gaúcho de Geografia da Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS), de autoria de Milton Santos, “Por uma Geografia Cidadã: Por uma Epistemologia da Existência”.

Em primeiro momento, o tópico a ser questionado é o porquê de construir uma “Geografia Cidadã”, e nisto o autor é claro em dizer que a Geografia Cidadã se fundaria baseada na pertinência do geógrafo ao abordar um assunto que questiona a realidade, dando uma atenção ao conceito de lugar como um conjunto de objetos, de uma forma que visaria o coletivo, criticando assim, os que valorizam o enfoque em somente um objeto de estudo se externalizando dos demais objetos. Acrescentando também, favorável à atitude de se considerar uma integração de determinações coletadas de disciplinas econômicas, políticas, sociais e culturais no estudo.

No segundo momento, Milton Santos sugere que enxerguemos o espaço, não como espaços adjetivados, ou seja, espaços fragmentados – como o espaço econômico, o espaço político, o espaço social ou o espaço cultural – mas que enxerguemos como um espaço banal. Banal por integrar todas as qualidades, riquezas, povos, etc. Além disso, aconselha que haja discussões voltadas a indagações sobre o espaço, e com isso, acaba criticando discussões que muitas vezes são voltadas para o questionamento do conceito de Geografia.

No terceiro momento, o autor trabalha três dimensões do homem para entender o cotidiano: a corporeidade; a individualidade; e a socialidade. A corporeidade define o lado objetivo do homem, a atuação do corpo, material, objetivo. A individualidade é definida pela subjetividade dos graus de consciência do ser humano. A socialidade é configurada pelo ato de o ser humano viver junto a outro. A relação destas três dimensões define a cidadania e ajudam no estudo do cotidiano de um ponto de vista espacial, visando os tempos que moldaram, estão moldando e possivelmente moldarão as configurações do cotidiano.

Por último, uma Epistemologia da Existência é sugerida pelo autor de modo que possamos ter a noção de que o mundo é feito de um conjunto de possibilidades, considerando os conceitos de lugar e espaço como funcionalizações do mundo “através de suas formas materiais e de suas formas não materiais. E é por isso, também, que através do espaço nós podemos abraçar de uma só vez o ser e o existir”. E finaliza esclarecendo que os estudos da sociedade são feitos através do espaço geográfico, logo, existem devido ao espaço, assim como todos existem. Portanto, não seria racional o estudo de Geografia ser escolhido para determinadas empresas, instituições ou pessoas, dever-se-ia pensar a Geografia determinada ao espaço banal, ou seja, à totalidade.


Por: Marcus Aguiar - Colaborador do Grupo PETGEO-UFRRJ/IM.


segunda-feira, 21 de setembro de 2015

Encontro Juventude e Metrópole 2015 - 2º Dia.

O evento "Encontro Juventude e Metrópole 2015" organizado pelo grupo PET-GEO IM/UFRRJ, trouxe aos alunos do Instituto Multidisciplinar a oportunidade de transmitir informações, gerar debates e trocas de conhecimento. O lançamento do livro "Geografia e Resistências: Imaginários, discursos e práticas no território fluminense" compôs o 2º dia do evento com as apresentações de duas pesquisas e a exibição do filme "A Batalha do Passinho", com a participação especial do diretor Emilio Domingos.
A primeira pesquisa a ser apresentada foi "Ninguém manda no que a rua diz: Artivismo e Práticas Pedagógicas" produzida pelos alunos Felipe Rodrigues, Flávia Souza, Henderson Neiva, Michella Maia e Yago Anjos. A apresentação expôs o objetivo da pesquisa que é definir a arte ativista, debater a proposta metodológica do artivismo na educação e mostrar a análise de oficinas propostas pelo grupo PET-GEO IM/UFRRJ com a temática do artivismo relacionada com a educação.

   Foto 1 - Apresentação da pesquisa sobre Artivismo

A segunda apresentação foi a vez da pesquisa "Ações Culturais e Resistências Territoriais: A Baixada Fluminense em Outros Mapas", dos autores Anita Loureiro e Willian S. Rocha. O trabalho que integra a proposta do COLETIVO de Ações Territoriais de Resistência, teve o objetivo de mostrar sob uma outra perspectiva cartográfica, ações culturais e de resistência com ênfase voltada para a Baixada Fluminense. A apresentação contou com dois convidados: Janaína Tavares, componente do grupo Sarau V; e Ivy Schipper, pesquisador bolsista da UFRJ.
Foto 2 - Apresentação da pesquisa "Ações Culturais e Resistências Territoriais"

E para finalizar o último dia do evento, houve a exibição do filme "A Batalha do Passinho", contando com a participação de seu diretor Emilio Domingos. O filme foi recebido de significativo agrado pelos expectadores.  O objetivo desta etapa do evento é apresentar uma determinada manifestação cultural - o Passinho - vindo de sujeitos, que por fazerem parte de uma classe social desfavorecida, são esquecidos, subestimados e estigmatizados. Após a apresentação, Emilio se disponibilizou para um apanhado de perguntas e comentários feitos pelos componentes do grupo PET-GEO, professores e alunos componentes da plateia.
Foto 3 - Diretor Emilio Domingos sobre seu trabalho "A Batalha do Passinho"

O grupo PET-GEO IM/UFRRJ agradece imensamente à participação de todas e todos que puderam contribuir para que houvesse uma troca de conhecimentos, perspectivas e sensações no Encontro Juventude e Metrópole 2015.

Foto 4 - Participantes e plateia do evento




Por: Marcus Aguiar - Colaborador do grupo PET-GEO/UFRRJ/IM.

domingo, 13 de setembro de 2015

Encontro Juventude e Metrópole 2015 - 1º Dia.


            O grupo PET-GEO do IM/UFRRJ organizou o evento “Encontro Juventude e Metrópole 2015” para o lançamento de um trabalho fruto de uma construção coletiva de conhecimentos: o livro “Geografia e Resistências: Imaginários, discursos e práticas no território fluminense”. É uma publicação realizada pelo o próprio grupo que une trabalhos de uma geografia voltada aos sujeitos negados, negligenciados, silenciados. Sujeitos que resistem diariamente para poderem (sobre)viver contra as adversidades que lhes são impostas diariamente. Para além do lançamento da obra, o evento realizou a exibição do filme “A Batalha do Passinho” com o diretor Emílio Domingos. 
            Ocorreu em dois dias consecutivos, 09 e 10 de setembro, na UFRRJ/IM. No 1º dia, a programação se destinou a fazer a apresentação de três pesquisas que compõem o livro. Cada apresentação foi acompanhada de riquíssimos comentários feitos por debatedores convidados, além das contribuições manifestadas através de perguntas realizadas pelo público.
            A primeira pesquisa apresentada foi “Durismo ostentação: táticas de apropriação popular do espaço turístico de Ilha grande – RJ”, autores: Camila Fernandes de Oliveira Marcondes, Djalma Navarro dos Santos, Filipe Emanuel da silva, Kleber Mattos Pavão Cypriano e Nathália de Oliveira de Sousa. A apresentação mostrou o objetivo do trabalho; sua temática; o sentido do “durismo”; quem é o durista; como o processo de ostentar está ligado à apropriação do espaço turístico.
A convidada escolhida para debater a pesquisa foi a Profª. Drª Teresa Cristina de Miranda Mendonça (Turismo - UFRRJ/IM), que tem pesquisa ligada ao espaço de Ilha Grande que serviu como referencial teórico para o artigo do livro. Teresa gostou bastante da pesquisa, disse que o texto está bem escrito, que adorou a ideia da ostentação para subsidiar a ideia do trabalho, entre outras contribuições.

Foto 1 – Apresentação da pesquisa sobre Ilha Grande

            A segunda pesquisa apresentada foi “Transformações sócio-espaciais no Morro da Providência: a interferência de projetos hegemônicos no cotidiano”, autores: Carolina Peres, Bruno Pereira, Gabriel Martins e Rafael Romano. A apresentação mostrou o objetivo central da pesquisa, que foi a análise do como as interferências que estão ocorrendo na área portuária do Rio, através do projeto Porto Maravilha, estão atingindo negativamente os moradores do Morro através das ações verticalizadas do Estado em conjunto com agentes privados. Os convidados a debaterem foram Roberto Gomes dos Santos (Graduado em Ciências Sociais pela LEC/UFRRJ e remanescente da Ocupação Quilombo das Guerreiras), Prof. Dr. Francisco das Chagas Nascimento Jr (UFRRJ/IM) e Cosme Vinícius Felippsen (morador do Morro da Providência). Roberto fez seu trabalho de monografia com base em Políticas Públicas de Pacificação, no caso específico do Morro da Providência, contribuindo imensamente para a pesquisa do livro como referencial teórico; ele e Cosme foram as vozes dos sujeitos da resistência, pois lutam por ter garantias de moradia, por dignidade e respeito. Cosme deu seu relato como morador da Providência, através de música e poema, expressou sua indignação com o atual cenário do Morro, mas também nos trouxe relato de vitória – ações de resistência por parte de alguns moradores salvaram cerca de 500 famílias da remoção -.

Foto 2 – Apresentação da pesquisa sobre o Morro da Providência

            A terceira pesquisa apresentada foi “É só mais um Silva que não tem moradia: a Ocupação Quilombo das Guerreiras na luta contra as remoções e a questão habitacional na cidade do Rio de Janeiro”, autores: Andréia Ribeira Cunha e Felipe Taumaturgo Rodrigues de Azevedo. Roberto Santos, sendo remanescente da ocupação, contou a história da origem; história do nome, que é uma homenagem às mulheres negras e suas lutas cotidianas; como a ocupação se desenvolveu com o passar dos anos; por quais meios era feita a organização – autogestão- até os rumos atuais em que se encontra o movimento (Projeto de Moradia Social Quilombo da Gamboa).
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Foto 3 – Apresentação da pesquisa sobre a Ocupação Quilombo das Guerreiras


            Foi uma tarde bastante rica no sentido da troca de conhecimentos, no exercício de uma dialética efetiva, pois diferentes sujeitos tiveram a chance de falarem e de serem ouvidos. O evento se mostrou coerente e preciso com os pilares da Universidade: Ensino, Pesquisa e Extensão.  


Por: Gabriel Martins - Bolsista do Programa de Iniciação Científica (PROIC) e colaborador do grupo PET-GEO/UFRRJ-IM.

quinta-feira, 3 de setembro de 2015

CONVITE: ENCONTRO JUVENTUDE E METRÓPOLE 2015


O grupo PET-GEO UFRRJ/IM convida a todxs para o Encontro Juventude e Metrópole 2015 que ocorrerá nos dias 09 e 10 de setembro com o lançamento do nosso livro "GEOGRAFIA E RESISTÊNCIAS: Imaginários, discursos e práticas no território fluminense." seguido de uma exibição especial do filme " A Batalha do Passinho" com a presença do diretor Emílio Domingos.

Esperamos vocês lá!


PET NO MAR II



A volta às aulas do curso de Geografia do IM/UFRRJ começou com a Semana de Integração do curso de Geografia (SEINTEGRA – GEO), que é uma semana para a realização de atividades de recepção dos calouros do curso, desde a apresentação de alguns aspectos da estrutura universitária, incluindo algumas características do curso para o qual eles estão ingressando, além de conhecerem parte do corpo docente.

Desse modo, seguindo a proposta de todas as atividades desenvolvidas durante esta semana, o PET – Geografia do IM/UFRRJ realizou uma atividade no dia 26/08/2015 com os estudantes recém-ingressos, como sempre é feito, e a mesma consistiu em uma ida ao Museu de Artes do Rio – MAR, e depois foi realizado um trabalho de campo por alguns pontos dos arredores do museu, que está localizado na região portuária da cidade, e esta é uma das áreas de estudo das pesquisas desenvolvidas pelo grupo. Assim, a atividade teve como proposta de aproximar os novos estudantes do PET para que eles possam compreender a dinâmica do grupo, explicando um pouco de uma das nossas pesquisas e também do curso de Geografia.



Foto 1 – Cartaz de uma das exposições visitadas no MAR.

Após a visita ao MAR, o grupo realizou o trabalho de campo citado anteriormente, o mesmo foi denominado “CHACHA”, a sigla utilizada pelo grupo para o termo “Circuito Histórico e Arqueológico de Celebração da Herança Africana”, que é o nome do tour oficial que a Prefeitura do Rio faz naquela região, contando um pouco da história da população negra na área portuária, tratando a área como um sítio arqueológico e, assim, como ponto turístico. A área visitada vem passando por fortes ações movidas pelo capital imobiliário que é evidenciado pelo projeto “Porto Maravilha” e, com isso, vem resultando em remoções urbanas e selecionando (in)diretamente quem pode ou não permanecer naquele local.


Foto 2 – Explicação sobra o ponto I (Pedra do Sal).

Porém, o campo proposto possui a intenção de desconstruir o pensamento dominante que já é propagado durante esse circuito turístico oficial, provocando uma análise crítica e reflexiva sobre o direito a moradia, as resistências presentes na região e até que ponto os locais visitados realmente celebram a herança africana, visto que os negros, na época que o campo remonta, não tinha nenhum motivo para comemorar e que hoje também possuem as suas presenças negadas.  Para esta saída foram visitados os pontos Pedra do Sal, Cais do Valongo e Jardim Suspendo do Valongo.


Foto 3 – Integrantes do PET – Geografia e os alunos recém-ingressos.

Por fim, a atividade contribuiu para uma recepção dos calouros à universidade e ao curso de Geografia como também uma maior aproximação dos calouros ao PET – Geografia.

Henderson Neiva
Bolsista do PET – Geografia do IM/UFRRJ (MEC/SESu)





quinta-feira, 27 de agosto de 2015

Classificação da seleção do PET- Geo 2015:

1-Flávia da S. Souza (Bolsista)
2- Willian S. da Rocha (Bolsista)
3- Alessandra Chaves Ramos (Bolsista)
4- Marcus Vinicius C. Aguiar (Colaborador)
5- Maiara Graziele de Rubim Lobato (Colaboradora)
6- Beatriz Monteiro Maravalhas (Colaboradora)
7- Romário Firmo de Oliveira
8- Pedro Alves
9- Pedro Henrique Dias Siqueira
10- Thales Gaspar de Mattos Reis
11- Odilon Cavalcante de Barros Júnior
12- Heitor Alberto Silva Pinto
13- Mariane do Rosário Silva
14- Leonardo Aragão Sousa
15- Fernanda Menezes
16- Matheus Lima de Albuquerque
17- Natália Lemos de Almeida


quinta-feira, 20 de agosto de 2015

PET NO MAR II: Atividade de Integração no Museu de Arte do Rio.

O PET-GEO/IM convida os ingressantes do curso de Geografia para uma atividade de integração no MAR- Museu de Arte do Rio, com roteiro pelo Porto Maravilha e reconhecimento das contradições socioespaciais deste grande projeto urbano da cidade do Rio de Janeiro. Na próxima terça-feira, 25/8 vamos sair do IM (em transporte público) às 12:30.





A entrada no museu é de graça e deve durar das 14 às 17h, com certificado de participação.

Inscrição para seleção de bolsistas e colaboradores do PET-GEO/IM - PARTICIPE!

Para receber o Edital e Ficha de Inscrição para a seleção de bolsistas e colaboradores do PET-GEO/IM envie um e-mail para "petgeopet@gmail.com" e solicite sua inscrição.

O contato também poderá ser realizado através do Facebook na página PET-Geografia/IM UFRRJ.

Link da Página: PET-Geografia/IM UFRRJ

As inscrições ocorrerão até o dia 26 de agosto e os documentos deverão ser obrigatoriamente entregues, em envelope lacrado, na sala 205 do bloco administrativo da UFRRJ/IM - Nova Iguaçu, nos horários de 13h às 16h.

Edital disponível em http://r1.ufrrj.br/graduacao/paginas/home.php?id=PET