domingo, 13 de março de 2016
terça-feira, 1 de dezembro de 2015
PET - Debates: Micropolítica: Cartografias do Desejo - Suely Rolnik
No dia 28/10/2015 nosso grupo fez a discussão do primeiro capítulo do livro “micropolítica> cartografias do desejo” onde o grupo pretende ler e debater ao longo das próximas reuniões para embasamento coletivo das pesquisas individuais.
A autora inicia o texto falando do conceito de cultura e seu caráter reacionário. Também coloca que a cultura só existe como esfera autônoma em nível de mercados de poder, dos mercados econômicos. Ela chama de modos de produções capitalísticas, para abranger diferentes tipos de economia, e salienta que existe o controle da esfera da subjetividade, que ele chama de “cultura de equivalência”. Assim, o capital ocupa-se da sujeição econômica e a cultura da subjetividade. Entrando no debate sobre cultura de massa o autor fala da criação de indivíduos normatizados, hierarquizados, e que gera certo tipo de submissão nessa produção. Após isso o autor fala da mudança do conceito de cultura ao longo da história moderna, e separa em três sentidos, que designa sentido a, b e c. No sentido a seria a “cultura valor”, ligado a quem tem e quem não tem cultura. O sentido b é a “cultura-alma coletiva”, ligado à civilização. Segundo o autor, uma forma democrática de cultura, usada por povos para reivindicar sua cultura. O terceiro sentido, o c, está ligado a cultura de massa, seria a “cultura mercadoria”. Após isso a autora comenta um pouco sobre o surgimento de cada sentido, começando pelo a, que surge com a burguesia, que seria uma forma de classificar níveis de cultura. No caso, a cultura da nobreza estaria em um nível maior que outros. O sentido b já é uma tentativa de democratização do conceito de cultura, surgido no século XIV, porém, o autor afirma que não deixa de ter um caráter até racista em seu conceito. O autor fala da problemática de o conceito de cultura chegar para os povos indígenas de maneira fragmentada. Religião, práticas econômicas, etc, e esses povos não sabiam o que era cultura, visto por essa ótica. Já a o sentido c, a cultura mercadoria, se prende em apenas vender mercadoria cultural. Segundo o autor, não se trata de uma cultura a priori, mas de uma cultura que se produz, reproduz e se modifica constantemente. Para a autora, os três sentidos continuam a funcionar na nossa sociedade, esses três sentidos se juntam para o que ela denomina de “força coletiva de controle social”. Entre outras discussões, a autora diz que no fundo só há uma cultura, a capitalística.
Por: Willian S. Rocha - Bolsista do Grupo PETGEO-UFRRJ/IM.
A autora inicia o texto falando do conceito de cultura e seu caráter reacionário. Também coloca que a cultura só existe como esfera autônoma em nível de mercados de poder, dos mercados econômicos. Ela chama de modos de produções capitalísticas, para abranger diferentes tipos de economia, e salienta que existe o controle da esfera da subjetividade, que ele chama de “cultura de equivalência”. Assim, o capital ocupa-se da sujeição econômica e a cultura da subjetividade. Entrando no debate sobre cultura de massa o autor fala da criação de indivíduos normatizados, hierarquizados, e que gera certo tipo de submissão nessa produção. Após isso o autor fala da mudança do conceito de cultura ao longo da história moderna, e separa em três sentidos, que designa sentido a, b e c. No sentido a seria a “cultura valor”, ligado a quem tem e quem não tem cultura. O sentido b é a “cultura-alma coletiva”, ligado à civilização. Segundo o autor, uma forma democrática de cultura, usada por povos para reivindicar sua cultura. O terceiro sentido, o c, está ligado a cultura de massa, seria a “cultura mercadoria”. Após isso a autora comenta um pouco sobre o surgimento de cada sentido, começando pelo a, que surge com a burguesia, que seria uma forma de classificar níveis de cultura. No caso, a cultura da nobreza estaria em um nível maior que outros. O sentido b já é uma tentativa de democratização do conceito de cultura, surgido no século XIV, porém, o autor afirma que não deixa de ter um caráter até racista em seu conceito. O autor fala da problemática de o conceito de cultura chegar para os povos indígenas de maneira fragmentada. Religião, práticas econômicas, etc, e esses povos não sabiam o que era cultura, visto por essa ótica. Já a o sentido c, a cultura mercadoria, se prende em apenas vender mercadoria cultural. Segundo o autor, não se trata de uma cultura a priori, mas de uma cultura que se produz, reproduz e se modifica constantemente. Para a autora, os três sentidos continuam a funcionar na nossa sociedade, esses três sentidos se juntam para o que ela denomina de “força coletiva de controle social”. Entre outras discussões, a autora diz que no fundo só há uma cultura, a capitalística.
Por: Willian S. Rocha - Bolsista do Grupo PETGEO-UFRRJ/IM.
sexta-feira, 16 de outubro de 2015
PET - Debates: O Sujeiro e Poder - Michael Foucault
Durante a reunião do dia 14 de outubro
de 2015, os integrantes do grupo PET – Geografia realizaram a atividade de
leitura compartilhada, que consiste na escolha de um texto e a partir daí
ocorre a apresentação do mesmo, acompanhada de explicações e debates, em
especial, associados às pesquisas produzidas pelo grupo; No caso desta
quarta-feira, o texto foi “O Sujeito e o Poder” do autor Michael Foucault.
O texto começa abordando sobre como os
seres humanos tornam-se sujeitos, de forma multifacetada, seja o sujeito na
forma gramatical dos idiomas, sujeitos da sociedade econômica e sujeitos biológicos.
Assim, o autor enfatiza que esta preocupação em identificar e estudar os
sujeitos e a forma como os mesmo são desenvolvidos é uma maneira para melhor
compreender o que é o “poder”, não partindo exatamente da análise deste, mas de
outros aspectos, como as experiências dos sujeitos, para que daí sim seja
alcançada a compreensão do “poder” e todas as suas particularidades enquanto
conceito e aplicação prática.
Desta forma, é apresentado que as
formas de resistência devem ser identificadas como ações presentes numa relação
de poder, levando à compreensão de que onde há resistência, há poder, em que
o(s) sujeito(s) que está(ão) sendo submetido(s) à determinada ação de poder por
parte do(s) sujeito(s) que exerce(m) o mesmo, realiza uma resposta antiautoritária
a este exercício de poder, ou seja, a demonstração de descontentamento. Assim,
o autor afirma que analisar o “poder” a partir das ações de resistência é um
método de compreensão fora da racionalidade interna das relações de poder, e
sim, através do “antagonismo da estratégia” (p. 234).
Ao longo desta abordagem sobre a
importância de reconhecer quais as ações de resistências e os sujeitos destas
ações, os estudantes presentes na leitura do texto identificaram este método àquele
utilizado pelo grupo PET em suas pesquisas, visto que há a tentativa de
evidenciar quem são os “de baixo” destas relações de poder, e o que eles têm a
dizer, qual é a racionalidade alternativa à racionalidade dominante midiática
oriunda através destas vozes, seja por meio da manifestação artística,
protestos, dentre outras formas, objetivando afirmar o seu direito à cidade,
seja por moradia, seja por apropriar-se de determinado locus para o exercício do turismo ou ações culturais diversas.
Assim, é demonstrado como a estrutura
de poder utilizada pelos Estados tem sua origem muito vinculada àquela
utilizada na estrutura da igreja desde séculos passados, até porque o poder
vive em transformação e adaptação. Pois o “poder pastoral” buscava doutrinar,
levar o indivíduo/população a um determinado fim, neste caso, à salvação; Já no
caso do Estado, há uma busca de assegurar ao indivíduo o bem-estar, saúde,
segurança, educação, dentre outros aspectos das sociedades atuais; Há, também,
modificação na materialização institucional de como este poder será exercido,
enquanto no poder pastoral havia a instituição denominada de igreja, no caso do
poder governamental há diversas instituições e aparelhos para que o mesmo seja
efetivado.
É muito enfatizado que o poder não é
algo que se detém, não é um objeto, mas sim uma ação, está nas relações
sociais, e para tal, é necessário haver indivíduos, que se transformam em
sujeitos, e a partir daí, a relação de poder é ocorrida. Logo, o autor afirma
“O termo ‘poder’ designa relações entre ‘parceiros...” (p. 240), e complementa,
“O exercício do poder consiste em ‘conduzir condutas’ e em ordenar a
probabilidade [...] como um modo de ação sobre as ações dos outros.” (p. 244).
Por fim, é perceptível que o “poder”
trata-se de ações presentes nas relações sociais entre sujeitos, assim, o autor
afirma que uma sociedade sem relações de poder só existe enquanto abstração,
sempre havendo uma estratégia de atuação por parte de quem exerce o poder,
visando atingir, da melhor forma possível, os seus interesses, e uma estratégia
de resistência e resposta por parte dos sujeitos submetidos a estas ações,
estando estas presentes em diversas instituições da sociedade atual, como a
instituição familiar, escolar, empresarial, dentre muitas outras.
Por: Henderson Neiva - Bolsista do Grupo PETGEO-UFRRJ/IM.
PET-Debates: Território e (des)territorialização - Marcelo Lopes de Souza
No dia 23 de Setembro de 2015 o grupo debateu o texto "Território e (des)territorialização " capitulo do livro Os conceitos fundamentais da pesquisa sócio-espacial de Marcelo Lopes de Souza (Departamento de Geografia da Universidade Federal do Rio de Janeiro) com o objetivo de apreender e atualizar conhecimentos e assim da inicio a novas pesquisas coletivas.
Em primeiro momento o autor faz um resgate de sua definição de território publicado no ano de 1995, salientando o tamanho da repercussão que teve sua definição: “é fundamentalmente, um espaço definido e delimitado por e a parti de relações de poder” (SOUZA, 1995, 78) e como foi acompanhada de equívocos de interpretação, inclusive de pessoa que diziam concorda com o autor, e isso o fez retomar o pensamento e a discussão para corrigir esta má interpretação e acrescentar algo novo.
O autor ressalta que esta
definição é formula que deve ser vista como uma primeira aproximação, que é
necessária, mas que por si só não dá dimensão total do sentido de território e
que e necessário uma segunda aproximação que ele aborda mais afrente no texto.
E toma-la como sendo um único tempo e subverter a motivação e o intuito do
texto de 1995.
Após esta primeira abordagem o
autor dá uma pausa no conceito de território para poder discutir o conceito de
poder e é nesse momento que o autor busca através de citações e complementos
próprios conceituar a noção de poder. Ele se utiliza bastante da autora Hannah
Arendt que conceitua o poder não como uma “coisa” ou “algo” e que o poder só se
perpetua enquanto o grupo que deu origem este acredita em seus ideais e se
mantem unido, caso não tende a ruir, mas também cita outros autores como o
cientista politico alemão Günther Maluschke com suas ideias de poder, dominação
violência, autoridade e competência e o filosofo Greco-francês Conelius
Castoriades o qual o autor diz que consegui em certo sentido alcançar um
entendimento mais além do que os autores Arendt e Foucault e que este autor deixa claro que não é possível haver um sociedade sem o poder e que pensar
isso é se ater a uma ficção.
Em seguida o autor faz uma alusão
a pensamentos e pensadores anarquistas e continua a conceituar o poder e suas
formas de exercê-lo e como sempre há um embate entre as formas de poder
existentes.
Após essa pausa o autor retoma a discussão
de território para começar a discutir as ideias de territorialização e (des)territorialização
e fecha o capitulo com esta discussão e faz um mensão sobre os capítulos
posteriores.
Todas as referencias
bibliográficas deste e do texto discutido constam no livro “Os conceitos
fundamentais da pesquisa sócio-espacial” de Marcelo Lopes de Souza, editora
Bertrand Brasil, ano 2013, EAN: 9788528617320.
Por: Bruno Pereira - Bolsista do grupo PETGEO-UFRRJ/IM.
PET-Debates: “Por uma Geografia Cidadã: Por uma Epistemologia da Existência” - Milton Santos.
No dia 23 de Setembro de 2015, o grupo se reuniu para o
debate a respeito do artigo publicado pela Associação dos Geógrafos Brasileiros
no Boletim Gaúcho de Geografia da Universidade Federal do Rio Grande do Sul
(UFRGS), de autoria de Milton Santos, “Por uma Geografia Cidadã: Por uma
Epistemologia da Existência”.
Em primeiro momento, o tópico a ser questionado é o porquê
de construir uma “Geografia Cidadã”, e nisto o autor é claro em dizer que a
Geografia Cidadã se fundaria baseada na pertinência do geógrafo ao abordar um
assunto que questiona a realidade, dando uma atenção ao conceito de lugar como
um conjunto de objetos, de uma forma que visaria o coletivo, criticando assim,
os que valorizam o enfoque em somente um objeto de estudo se externalizando dos
demais objetos. Acrescentando também, favorável à atitude de se considerar uma
integração de determinações coletadas de disciplinas econômicas, políticas,
sociais e culturais no estudo.
No segundo momento, Milton Santos sugere que enxerguemos o
espaço, não como espaços adjetivados, ou seja, espaços fragmentados – como o
espaço econômico, o espaço político, o espaço social ou o espaço cultural – mas
que enxerguemos como um espaço banal. Banal por integrar todas as qualidades, riquezas,
povos, etc. Além disso, aconselha que haja discussões voltadas a indagações
sobre o espaço, e com isso, acaba criticando discussões que muitas vezes são
voltadas para o questionamento do conceito de Geografia.
No terceiro momento, o autor trabalha três dimensões do
homem para entender o cotidiano: a corporeidade; a individualidade; e a
socialidade. A corporeidade define o lado objetivo do homem, a atuação do
corpo, material, objetivo. A individualidade é definida pela subjetividade dos graus
de consciência do ser humano. A socialidade é configurada pelo ato de o ser humano
viver junto a outro. A relação destas três dimensões define a cidadania e
ajudam no estudo do cotidiano de um ponto de vista espacial, visando os tempos
que moldaram, estão moldando e possivelmente moldarão as configurações do
cotidiano.
Por último, uma Epistemologia da Existência é sugerida pelo
autor de modo que possamos ter a noção de que o mundo é feito de um conjunto de
possibilidades, considerando os conceitos de lugar e espaço como
funcionalizações do mundo “através de suas formas materiais e de suas formas
não materiais. E é por isso, também, que através do espaço nós podemos abraçar de
uma só vez o ser e o existir”. E finaliza esclarecendo que os estudos da
sociedade são feitos através do espaço geográfico, logo, existem devido ao
espaço, assim como todos existem. Portanto, não seria racional o estudo de
Geografia ser escolhido para determinadas empresas, instituições ou pessoas,
dever-se-ia pensar a Geografia determinada ao espaço banal, ou seja, à
totalidade.
quinta-feira, 1 de outubro de 2015
segunda-feira, 21 de setembro de 2015
Encontro Juventude e Metrópole 2015 - 2º Dia.
O evento "Encontro Juventude e
Metrópole 2015" organizado pelo grupo PET-GEO IM/UFRRJ, trouxe aos alunos
do Instituto Multidisciplinar a oportunidade de transmitir informações, gerar
debates e trocas de conhecimento. O lançamento do livro "Geografia e
Resistências: Imaginários, discursos e práticas no território fluminense"
compôs o 2º dia do evento com as apresentações de duas pesquisas e a exibição
do filme "A Batalha do Passinho", com a participação especial do
diretor Emilio Domingos.
A primeira pesquisa a ser
apresentada foi "Ninguém manda no que a rua diz: Artivismo e Práticas
Pedagógicas" produzida pelos alunos Felipe Rodrigues, Flávia Souza,
Henderson Neiva, Michella Maia e Yago Anjos. A apresentação expôs o objetivo da
pesquisa que é definir a arte ativista, debater a proposta metodológica do
artivismo na educação e mostrar a análise de oficinas propostas pelo grupo
PET-GEO IM/UFRRJ com a temática do artivismo relacionada com a educação.
Foto 1 -
Apresentação da pesquisa sobre Artivismo
A segunda apresentação foi a vez da
pesquisa "Ações Culturais e Resistências Territoriais: A Baixada
Fluminense em Outros Mapas", dos autores Anita Loureiro e Willian S.
Rocha. O trabalho que integra a proposta do COLETIVO de Ações Territoriais de
Resistência, teve o objetivo de mostrar sob uma outra perspectiva cartográfica,
ações culturais e de resistência com ênfase voltada para a Baixada Fluminense.
A apresentação contou com dois convidados: Janaína Tavares, componente do grupo
Sarau V; e Ivy Schipper, pesquisador bolsista da UFRJ.
Foto 2 - Apresentação da pesquisa "Ações Culturais e
Resistências Territoriais"
E para finalizar o último dia do
evento, houve a exibição do filme "A Batalha do Passinho", contando
com a participação de seu diretor Emilio Domingos. O filme foi recebido de
significativo agrado pelos expectadores.
O objetivo desta etapa do evento é apresentar uma determinada
manifestação cultural - o Passinho - vindo de sujeitos, que por fazerem parte
de uma classe social desfavorecida, são esquecidos, subestimados e
estigmatizados. Após a apresentação, Emilio se disponibilizou para um apanhado
de perguntas e comentários feitos pelos componentes do grupo PET-GEO,
professores e alunos componentes da plateia.
Foto 3 - Diretor Emilio Domingos sobre seu trabalho "A
Batalha do Passinho"
O grupo PET-GEO IM/UFRRJ agradece imensamente à participação
de todas e todos que puderam contribuir para que houvesse uma troca de
conhecimentos, perspectivas e sensações no Encontro Juventude e Metrópole 2015.
Foto 4 - Participantes e plateia do evento
Por: Marcus Aguiar - Colaborador do grupo PET-GEO/UFRRJ/IM.
domingo, 13 de setembro de 2015
Encontro Juventude e Metrópole 2015 - 1º Dia.
O
grupo PET-GEO do IM/UFRRJ organizou o evento “Encontro Juventude e Metrópole
2015” para o lançamento de um trabalho fruto de uma construção coletiva de
conhecimentos: o livro “Geografia e Resistências: Imaginários, discursos e
práticas no território fluminense”. É uma publicação realizada pelo o próprio
grupo que une trabalhos de uma geografia voltada aos sujeitos negados,
negligenciados, silenciados. Sujeitos que resistem diariamente para poderem
(sobre)viver contra as adversidades que lhes são impostas diariamente. Para
além do lançamento da obra, o evento realizou a exibição do filme “A Batalha do
Passinho” com o diretor Emílio Domingos.
Ocorreu em dois dias consecutivos,
09 e 10 de setembro, na UFRRJ/IM. No 1º dia, a programação se destinou a fazer
a apresentação de três pesquisas que compõem o livro. Cada apresentação foi
acompanhada de riquíssimos comentários feitos por debatedores convidados, além
das contribuições manifestadas através de perguntas realizadas pelo público.
A primeira pesquisa apresentada foi
“Durismo ostentação: táticas de apropriação popular do espaço turístico de Ilha
grande – RJ”, autores: Camila Fernandes de Oliveira Marcondes, Djalma Navarro
dos Santos, Filipe Emanuel da silva, Kleber Mattos Pavão Cypriano e Nathália de
Oliveira de Sousa. A apresentação mostrou o objetivo do trabalho; sua temática;
o sentido do “durismo”; quem é o durista; como o processo de ostentar está
ligado à apropriação do espaço turístico.
A convidada
escolhida para debater a pesquisa foi a Profª. Drª Teresa Cristina de Miranda
Mendonça (Turismo - UFRRJ/IM), que tem pesquisa ligada ao espaço de Ilha Grande que serviu como referencial teórico para o artigo do livro. Teresa gostou bastante da pesquisa,
disse que o texto está bem escrito, que adorou a ideia da ostentação para
subsidiar a ideia do trabalho, entre outras contribuições.
Foto 1 – Apresentação da pesquisa sobre Ilha Grande
A segunda pesquisa apresentada foi
“Transformações sócio-espaciais no Morro da Providência: a interferência de
projetos hegemônicos no cotidiano”, autores: Carolina Peres, Bruno Pereira,
Gabriel Martins e Rafael Romano. A apresentação mostrou o objetivo central da
pesquisa, que foi a análise do como as interferências que estão ocorrendo na
área portuária do Rio, através do projeto Porto Maravilha, estão atingindo
negativamente os moradores do Morro através das ações verticalizadas do Estado
em conjunto com agentes privados. Os convidados a debaterem foram Roberto Gomes
dos Santos (Graduado em Ciências Sociais pela LEC/UFRRJ e remanescente da
Ocupação Quilombo das Guerreiras), Prof. Dr. Francisco das Chagas Nascimento Jr
(UFRRJ/IM) e Cosme Vinícius Felippsen (morador do Morro da Providência).
Roberto fez seu trabalho de monografia com base em Políticas Públicas de
Pacificação, no caso específico do Morro da Providência, contribuindo imensamente
para a pesquisa do livro como referencial teórico; ele e Cosme foram as vozes dos
sujeitos da resistência, pois lutam por ter garantias de moradia, por dignidade
e respeito. Cosme deu seu relato como morador da Providência, através de música
e poema, expressou sua indignação com o atual cenário do Morro, mas também nos
trouxe relato de vitória – ações de resistência por parte de alguns moradores
salvaram cerca de 500 famílias da remoção -.
Foto 2 – Apresentação da pesquisa sobre o Morro da
Providência
A terceira pesquisa apresentada foi
“É só mais um Silva que não tem moradia: a Ocupação Quilombo das Guerreiras na
luta contra as remoções e a questão habitacional na cidade do Rio de Janeiro”,
autores: Andréia Ribeira Cunha e Felipe Taumaturgo Rodrigues de Azevedo.
Roberto Santos, sendo remanescente da ocupação, contou a história da origem;
história do nome, que é uma homenagem às mulheres negras e suas lutas
cotidianas; como a ocupação se desenvolveu com o passar dos anos; por quais
meios era feita a organização – autogestão- até os rumos atuais em que se
encontra o movimento (Projeto de Moradia Social Quilombo da Gamboa).
\
Foto 3 – Apresentação da pesquisa sobre a Ocupação Quilombo
das Guerreiras
Foi uma tarde bastante rica no
sentido da troca de conhecimentos, no exercício de uma dialética efetiva, pois
diferentes sujeitos tiveram a chance de falarem e de serem ouvidos. O evento se
mostrou coerente e preciso com os pilares da Universidade: Ensino, Pesquisa e
Extensão.
Por: Gabriel Martins - Bolsista do Programa de Iniciação Científica (PROIC) e colaborador do grupo PET-GEO/UFRRJ-IM.
quinta-feira, 3 de setembro de 2015
CONVITE: ENCONTRO JUVENTUDE E METRÓPOLE 2015
O grupo PET-GEO UFRRJ/IM convida a todxs para o Encontro Juventude e Metrópole 2015 que ocorrerá nos dias 09 e 10 de setembro com o lançamento do nosso livro "GEOGRAFIA E RESISTÊNCIAS: Imaginários, discursos e práticas no território fluminense." seguido de uma exibição especial do filme " A Batalha do Passinho" com a presença do diretor Emílio Domingos.
Esperamos vocês lá!
PET NO MAR II
A volta às
aulas do curso de Geografia do IM/UFRRJ começou com a Semana de Integração do
curso de Geografia (SEINTEGRA – GEO), que é uma semana para a realização de
atividades de recepção dos calouros do curso, desde a apresentação de alguns
aspectos da estrutura universitária, incluindo algumas características do curso
para o qual eles estão ingressando, além de conhecerem parte do corpo docente.
Desse modo,
seguindo a proposta de todas as atividades desenvolvidas durante esta semana, o
PET – Geografia do IM/UFRRJ realizou uma atividade no dia 26/08/2015 com os
estudantes recém-ingressos, como sempre é feito, e a mesma consistiu em uma ida
ao Museu de Artes do Rio – MAR, e depois foi realizado um trabalho de campo por
alguns pontos dos arredores do museu, que está localizado na região portuária
da cidade, e esta é uma das áreas de estudo das pesquisas desenvolvidas pelo
grupo. Assim, a atividade teve como proposta de aproximar os novos estudantes
do PET para que eles possam compreender a dinâmica do grupo, explicando um
pouco de uma das nossas pesquisas e também do curso de Geografia.
Foto 1 – Cartaz de uma das exposições
visitadas no MAR.
Após a visita
ao MAR, o grupo realizou o trabalho de campo citado anteriormente, o mesmo foi
denominado “CHACHA”, a sigla utilizada pelo grupo para o termo “Circuito
Histórico e Arqueológico de Celebração da Herança Africana”, que é o nome do
tour oficial que a Prefeitura do Rio faz naquela região, contando um pouco da
história da população negra na área portuária, tratando a área como um sítio
arqueológico e, assim, como ponto turístico. A área visitada vem passando por
fortes ações movidas pelo capital imobiliário que é evidenciado pelo projeto
“Porto Maravilha” e, com isso, vem resultando em remoções urbanas e selecionando
(in)diretamente quem pode ou não permanecer naquele local.
Foto 2 – Explicação sobra o ponto I (Pedra
do Sal).
Porém, o
campo proposto possui a intenção de desconstruir o pensamento dominante que já
é propagado durante esse circuito turístico oficial, provocando uma análise
crítica e reflexiva sobre o direito a moradia, as resistências presentes na
região e até que ponto os locais visitados realmente celebram a herança
africana, visto que os negros, na época que o campo remonta, não tinha nenhum
motivo para comemorar e que hoje também possuem as suas presenças negadas. Para esta saída foram visitados os pontos Pedra
do Sal, Cais do Valongo e Jardim Suspendo do Valongo.
Foto 3 – Integrantes do PET – Geografia e
os alunos recém-ingressos.
Por fim, a
atividade contribuiu para uma recepção dos calouros à universidade e ao curso
de Geografia como também uma maior aproximação dos calouros ao PET – Geografia.
Henderson Neiva
Bolsista do PET – Geografia do
IM/UFRRJ (MEC/SESu)
quinta-feira, 27 de agosto de 2015
Classificação
da seleção do PET- Geo 2015:
1-Flávia
da S. Souza (Bolsista) |
2-
Willian S. da Rocha (Bolsista) |
3-
Alessandra Chaves Ramos (Bolsista) |
4-
Marcus Vinicius C. Aguiar (Colaborador) |
5-
Maiara Graziele de Rubim Lobato (Colaboradora) |
6-
Beatriz Monteiro Maravalhas (Colaboradora) |
7-
Romário Firmo de Oliveira |
8-
Pedro Alves |
9-
Pedro Henrique Dias Siqueira |
10-
Thales Gaspar de Mattos Reis |
11-
Odilon Cavalcante de Barros Júnior |
12-
Heitor Alberto Silva Pinto |
13-
Mariane do Rosário Silva |
14-
Leonardo Aragão Sousa |
15-
Fernanda Menezes |
16-
Matheus Lima de Albuquerque |
17-
Natália Lemos de Almeida |
quinta-feira, 20 de agosto de 2015
PET NO MAR II: Atividade de Integração no Museu de Arte do Rio.
O PET-GEO/IM convida os ingressantes do curso de Geografia para uma atividade de integração no MAR- Museu de Arte do Rio, com roteiro pelo Porto Maravilha e reconhecimento das contradições socioespaciais deste grande projeto urbano da cidade do Rio de Janeiro. Na próxima terça-feira, 25/8 vamos sair do IM (em transporte público) às 12:30.
A entrada no museu é de graça e deve durar das 14 às 17h, com certificado de participação.
A entrada no museu é de graça e deve durar das 14 às 17h, com certificado de participação.
Inscrição para seleção de bolsistas e colaboradores do PET-GEO/IM - PARTICIPE!
Para receber o Edital e Ficha de Inscrição para a seleção de bolsistas e colaboradores do PET-GEO/IM envie um e-mail para "petgeopet@gmail.com" e solicite sua inscrição.
O contato também poderá ser realizado através do Facebook na página PET-Geografia/IM UFRRJ.
Link da Página: PET-Geografia/IM UFRRJ
As inscrições ocorrerão até o dia 26 de agosto e os documentos deverão ser obrigatoriamente entregues, em envelope lacrado, na sala 205 do bloco administrativo da UFRRJ/IM - Nova Iguaçu, nos horários de 13h às 16h.
Edital disponível em http://r1.ufrrj.br/graduacao/paginas/home.php?id=PET
O contato também poderá ser realizado através do Facebook na página PET-Geografia/IM UFRRJ.
Link da Página: PET-Geografia/IM UFRRJ
As inscrições ocorrerão até o dia 26 de agosto e os documentos deverão ser obrigatoriamente entregues, em envelope lacrado, na sala 205 do bloco administrativo da UFRRJ/IM - Nova Iguaçu, nos horários de 13h às 16h.
Edital disponível em http://r1.ufrrj.br/graduacao/paginas/home.php?id=PET
Assinar:
Postagens (Atom)