Encontro de Área 8 – Saberes tradicionai
No dia 01/04/19, o EA 8 – Saberes tradicionais foi coordenado pela tutora do PET Geografia UFRRJ-IM, Anita Loureiro de Oliveira e teve a participação do Tutor do PET Etnodesenvolvimento Alexandre Monteiro e da tutora Eliana do PET Biologia Unifesp .... petianas/os..... Tales Mattos (PET-GEO UFRRJ-IM), Beatriz Maravalhas (PET-GEO UFRRJ-IM), Julia Ananda (PET-GEO UFRRJ-IM), Maria Eduarda Bastos (PET-GEO UFRRJ-IM) e Natielle (colaboradora informal do PET-GEO UFRRJ-IM).
Após uma rodada de apresentações, o grupo PET-Geografia UFRRJ-IM apresentou sua experiência de diálogo de saberes com os caiçaras de Paraty evidenciando as potências e dificuldades desta metodologia de valorização dos saberes populares e intercâmbio de informações e conhecimentos.
Uma das dificuldades mencionadas foram os entraves institucionais para a participação destes integrantes de comunidades tradicionais nos grupos PET e sua permanência na universidade e no programa. A rigidez das normas e a inflexibilidade das instituições frente às diferentes cosmovisões (como no caso dos indígenas e quilombolas) o desrespeito a suas temporalidades próprias e seus modos de estar no mundo revelam a incompreensão institucional quanto aos ganhos da ciência estar aberta a outros saberes e o desperdício da experiência, tal como nos ensina Boaventura de Sousa Santos e sua sociologia das ausências.
O grupo apontou a necessidade deste tema ter mais representatividade nos debates promovidos nos encontros regionais e no ENAPET, uma vez que algumas normas e diretrizes do programa não contemplam a realidade destas comunidades, tais como a exigência de alto rendimento acadêmico (CR; impossibilidade de reprovações, entre outros).
No caso de grupos que não trabalham diretamente com comunidades tradicionais, mas que estavam no EA em busca de troca de experiencia no campo da extensão e do trabalho com as comunidades, foi apontada a dificuldade das universidades estarem efetivamente abertas à sociedade em geral e o exemplo é a dificuldade das IES se relacionarem com as comunidades que vivem no entorno dos campi universitários. Outros entraves institucionais podem prejudicar esta aproximação e isso precisa ser melhor trabalhado.
Relato feito por Anita loureiro (tutora do PetGeo)
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