quarta-feira, 6 de setembro de 2017

RELATO DE ATIVIDADE - visita ao Centro do Rio com os alunos da ex-petiana Andréia Ribeiro

O grupo Pet-Geo recebeu o convite da egressa Andréia Ribeiro para participar do trabalho de campo promovido por ela para seus alunos do Colégio Estadual General Dutra que fica localizado no município de Campos dos Goytacazes. Desta forma, alguns integrantes do grupo se encarregaram de apresentar determinados pontos de visitação do Circuito Histórico e Arqueológico de Celebração da Herança Africana, carinhosamente apelidado pelos petianos de CHACHA.
No dia 22 de agosto, assim, quatro integrantes do grupo se encontraram com a professora Andréia, seus alunos e mais alguns professores do colégio. O primeiro ponto de visitação foi a Central do Brasil, no qual o petiano Marcus Aguiar explicitou a história e a importância que a estação tem para a região metropolitana do estado do Rio de Janeiro. Também, nesse momento ele falou um pouco do Morro da Providência e sua história, bem como o mesmo foi inserido no projeto de revitalização da zona portuária do município. Os alunos demonstraram interesse em conhece a Providência, entretanto, não tinha tempo hábil para tal e também não se achou conveniente adentrar no morro com um grupo tão grande, e sem a presença de um morador que os conduzisse como já foi feito em outras ocasiões pelo Pet-Geo.
Depois o grupo foi para o Cais do Valongo, onde a própria professora Andréia Ribeiro falou sobre a história do Porto e da representação que ele tem para a população negra que vive na cidade. Também foi explicado como o movimento de revitalização acabou expulsando essas pessoas ao invés de valorizar a cultura delas, como o próprio nome do circuito diz. Nesse momento os alunos tiraram diversas fotos e aparentaram se interessar por aquele espaço e por sua história.
O ponto seguinte foi o Jardim Suspenso do Valongo, em que as petianas Camila Marcondes e Mayara Lobato apresentaram a história do jardim e falaram sobre os dois processos de revitalização. O primeiro feito pelo prefeito Pereira Passos em 1906 e o segundo pelo prefeito Eduardo Paes em 2016, na lógica de embelezamento do centro da cidade. Nesse momento, os estudantes entenderam um pouco da lógica de segregação desse espaço aonde, num primeiro momento, se usa o espaço como um lugar para que os negros que seriam escravizados engordassem para serem vendidos e depois esse espaço é revitalizado, as ruas são alargadas e um belo jardim é construído, para que as pessoas ricas da sociedade, que não eram os negros que sempre estiveram presentes ali, contemplassem o centro da cidade.
Quando o grupo chegou ao jardim, a casa da guarda estava fechada. Por isso, o ponto foi apresentado apenas na parte externa do jardim. Em seguida, partiram em direção do próximo local de visitação pelo Morro da Conceição, que fica localizado na parte de traseira do jardim. Antes de chegar à Pedra do Sal, os estudantes foram guiados a um mirante em que puderam contemplar a beleza do centro da cidade. De lá desceram o Morro e chegaram à Pedra do Sal. Ali, o petiano Felipe Rodrigues explanou a importância daquele lugar para a comunidade negra como uma forma de resistência no centro da cidade, apesar de todas as disputas vividas por esse povo. Ele falou também de como o samba da Pedra do Sal, que é mais um movimento do processo de resistência, está sendo apropriado por turistas e pessoas que não vivem naquele espaço e que, ao ignorarem a luta travada ali, esvaziam o caráter de resistência do lugar e o tornam apenas um espaço de consumo e não de resistência da comunidade negra.
Após algumas fotos que foram tiradas na Pedra do Sal, os estudantes seguiram para o Museu de Arte do Rio (MAR), no qual todos ficaram admirados com a vista do terraço do museu e fizeram várias fotografias. Alguns até reconheceram a ponte Rio - Niterói e afirmaram que tinham vindo de lá. Visitaram as exposições do museu e depois foram para o museu do Amanhã, nesse momento os integrantes do Pet se despediram dos estudantes.
Agradecemos à professora Andréia Ribeiro pelo convite e esperamos que a visita tenha sido proveitosa para os estudantes e os professores que acompanharam.


Att, Camila Marcondes.
Foto 2: Alunos do 3 ano do Ensino Médio em frente ao Grafite da Pedra do Sal 




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