No dia 12 de
abril de 2016 o grupo o PETGEO /UFRRJ-IM debateu o texto Identidades territoriais: Entre a multiterritorialização e a reclusão
territorial (ou: do hibridismo cultural à essencialização das
identidades) do Rogério Haesbaert, sendo
liderado pelo subgrupo da “praça”,que está desenvolvendo um capítulo sobre o
uso da praça,para o novo projeto literário do PETGEO /UFRRJ-IM. O subgrupo é composto pelo petianos:
Andréia Ribeiro, Alessandra Ramos, Beatriz Maravalhas, Felipe Rodrigues, Maiara
Lobato, Willian Rocha.
O texto
começa com uma citação de Lévi-Strauss falando
sobre a crise de identidade e que não devemos olhar somente os aspectos subjetivos
dessa crise e sim nos ater as condições objetivas que ela expressa. Daí a importância de obtermos
também uma abordagem geográfica da identidade, pelo viés das identidades
territoriais.
O intuito do
texto é debater a questão das identidades à partir da dimensão territorial,
tanto no que se refere ao caráter múltiplo, híbrido e flexível dos territórios
e das identidades quanto às manifestações territoriais.
O texto
aborda a crise da identidade territorial e da nacionalização da identidade cultural
que o autor define como "processo pelo qual as identidades móveis e
parcelas dos diferentes grupos sociais são territorializadas e
temporalizadas no espaço-tempo nacional.
As identidades se expressam hoje, na prática através de uma espécie de continuum que vai
desde as identidades mais abertas e híbridas até as mais rígidas e (re)essencializadas.
Paralelamente na construção identitária temos o território, no sentido mais múltiplo e aberto da
"multiterritorialização" em
curso, como também a acepção mais fechada
dos processos que propomos denominas de "reclusão territorial",
muitas vezes concomitantemente articulados.
A
partir daí, podemos dizer, que esses processos estão ligados a uma ideia geral
referido as construções identitárias, pois na medida em que vivenciamos
juntamente, a tensão entre a construção de um sentido mais estável de
identidade e a busca por crescente independência e
liberdade.
A grande questão seria como cada grupo resolve
essa tensão, ora apelando para o pólo da liberdade
e da independência, através de identidades múltiplas, híbridas, sempre abertas
e negociáveis, ora privilegiando o pólo da
estabilidade, da fixação e do fechamento em identidades unas,
"naturais" e essencializadas. Nosso espaço-tempo
se move hoje claramente num ir-e-vir entre estes dois pólos.
Haesbaert propõe a
visão de que os espaços e os territórios são compostos por diferentes histórias
e produzidos pelos sujeitos que o compõem. Há a presença da ideia de que a multiterritorialidade produz
reações diversas nos territórios os quais são modificados pelas pessoas, muitas
vezes há a perda da condição humanitária da hibridização cultural, produzindo a
xenofobia e a intenção de rechaçar a circulação das pessoas por novos
territórios, o que provoca uma chamada reclusão territorial.
Por: Maiara Lobato - Bolsista do Grupo PETGEO-IM/UFRRJ.
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