segunda-feira, 2 de maio de 2016

PET - Debates: Identidades territoriais: Entre a multiterritorialização e a reclusão territorial - Rogério Haesbaert

No dia 12 de abril de 2016 o grupo o PETGEO /UFRRJ-IM debateu o texto Identidades territoriais: Entre a multiterritorialização e a reclusão territorial (ou: do hibridismo cultural à essencialização das identidades)  do Rogério Haesbaert, sendo liderado pelo subgrupo da “praça”,que está desenvolvendo um capítulo sobre o uso da praça,para o novo projeto literário do  PETGEO /UFRRJ-IM. O subgrupo é composto pelo petianos: Andréia Ribeiro, Alessandra Ramos, Beatriz Maravalhas, Felipe Rodrigues, Maiara Lobato, Willian Rocha.


O texto começa com uma citação de Lévi-Strauss falando sobre a crise de identidade e que não devemos olhar somente os aspectos subjetivos dessa crise e sim nos ater as condições objetivas que ela expressa. Daí a importância de obtermos também uma abordagem geográfica da identidade, pelo viés das identidades territoriais.  
           
O intuito do texto é debater a questão das identidades à partir da dimensão territorial, tanto no que se refere ao caráter múltiplo, híbrido e flexível dos territórios e das identidades quanto às manifestações territoriais. 

O texto aborda a crise da identidade territorial e da nacionalização da identidade cultural que o autor define como "processo pelo qual as identidades móveis e parcelas dos diferentes grupos sociais são territorializadas e temporalizadas no espaço-tempo nacional.  
            As identidades se expressam hoje, na prática através de uma espécie de continuum que vai desde as identidades mais abertas e híbridas até as mais rígidas e (re)essencializadas. Paralelamente na construção identitária temos o território, no sentido mais múltiplo e aberto da "multiterritorialização" em curso, como também a acepção mais fechada dos processos que propomos denominas de "reclusão territorial", muitas vezes concomitantemente articulados.  
           
            A partir daí, podemos dizer, que esses processos estão ligados a uma ideia geral referido as construções identitárias, pois na medida em que vivenciamos juntamente, a tensão entre a construção de um sentido mais estável de identidade e a busca por crescente independência e liberdade.  
           
 A grande questão seria como cada grupo resolve essa tensão, ora apelando para o pólo da liberdade e da independência, através de identidades múltiplas, híbridas, sempre abertas e negociáveis, ora privilegiando o pólo da estabilidade, da fixação e do fechamento em identidades unas, "naturais" e essencializadas. Nosso espaço-tempo se move hoje claramente num ir-e-vir entre estes dois pólos 

Haesbaert propõe a visão de que os espaços e os territórios são compostos por diferentes histórias e produzidos pelos sujeitos que o compõem. Há a presença da ideia de que a multiterritorialidade produz reações diversas nos territórios os quais são modificados pelas pessoas, muitas vezes há a perda da condição humanitária da hibridização cultural, produzindo a xenofobia e a intenção de rechaçar a circulação das pessoas por novos territórios, o que provoca uma chamada reclusão territorial.  


Por: Maiara Lobato - Bolsista do Grupo PETGEO-IM/UFRRJ.

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