No dia 10 de dezembro
foi exibido o longa “Ensaio sobre a cegueira”, retratando uma inédita e
inexplicável epidemia de “cegueira branca” que atinge uma cidade, na medida em
que as pessoas são afetadas elas são colocadas em quarentena e serviços são
oferecidos pelo Estado. Logo, estes começam a falhar, e os indivíduos passam a
lutar por suas necessidades básicas, expondo seus instintos primários. A partir
destas exposições, o vídeo-debate e a leitura recomendada do livro “A natureza
do espaço: Técnica e tempo, razão e emoção” de Milton Santos, geraram
questionamentos interessantes e instigantes em relação ao desmoramento moral
que ocorre de um dia para o outro com tal situação. A cegueira branca
contraposta com a sociedade atual surge como o brilho da luz que cega, sendo o
excesso de informações desordenadas que nos confunde, ao invés de esclarecer,
funcionando como uma forma de enxergar a natureza humana, além das aparências
civilizadas.
Tratamos de uma reflexão do que realmente
somos, em essência, e não do que pensamos que somos. Foi possível ponderar que
a aproximação dos indivíduos se dará diante da renúncia dos padrões estéticos,
derrubando barreiras sociais e revelando a possibilidade real do amor.
Desfazendo a normalidade das mentiras impostas pelos “padrões sociais”, tendo
como finalidade para a nossa sociedade a recuperação da lucidez, o resgate do
afeto e o encontro da humanidade perdida.
Andréia Ribeiro - Bolsista PET
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