O grupo PET-GEO
organizou uma atividade, intitulada PET no MAR: ARTE, POLÍTICA E GEOGRAFIA, com
os ingressantes do curso de Geografia, com a proposta de ser uma atividade de
integração. Nesta atividade o grupo visitou a exposição “Do Valongo à Favela:
imaginário e periferia”, no MAR (Museu de Arte do Rio) e ainda revisitou o
Circuito Histórico Arqueológico de Celebração da Herança Africana, onde teve a
oportunidade de expor aos ingressantes seu objeto de pesquisa.
Percorrendo todo o
circuito e observando a exposição vemos como ambos dialogam, tanto o circuito
como a exposição demonstram a trajetória dos negros após chegarem ao Brasil,
tendo como cenário a área central da cidade. O interessante da exposição é que
ela retrata um pouco da violência que o negro sofreu, mas muitas das obras
expostas mostram os negros na posição de vítimas. Um olhar atento consegue ver
como os negros são constantemente retratados prostrados, como se nunca tivessem
resistido ao sistema escravocrata. Semelhantemente, o circuito histórico
arqueológico faz a mesma coisa mostra como se deu a ocupação dos negros naquela
área, celebra a cultura deixada por herança, mas omite a luta de resistência e
de reconhecimento de seu território da Comunidade Remanescente da Pedra do Sal.
Com esta omissão vemos mais uma vez na história a presença negra sendo
invisibilizada.
É valoroso que se
celebre a herança deixada e mais que presente da cultura negra, não obstante é
preciso mostrar e celebrar que esta etnia também resistiu e resiste até hoje, é
importante não descaracterizar a luta que existe por trás desta herança.
Michella A. Maia
Bolsista PET Geografia
UFRRJ/IM
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