O artigo aborda a relação epistemológica entre Geografia e Arte a partir de uma análise da história do pensamento geográfico. Os autores Vonei Ricardo e Maíra Kahl Ferraz relatam como o movimento racionalista europeu no século XVIII intensificou a fragmentação da ciência em subáreas, o que deu abertura para a criação de novas teorias, instrumentalizações e técnicas nas diferentes áreas do conhecimento.
Ao decorrer do artigo eles exaltam a influência de Alexander Van Humbolt dentro da ciência, principalmente para o campo da geografia
.No período após Humboldt, as conexões entre a Geografia e Artes passam por mudanças, tendo sido o século XIX a "instauração" de uma nova fase de referências filosóficas e da própria ciência geográfica, bem como da expansão do Capitalismo, gerando transformações socioespaciais sem precedentes. Nesse contexto, em meados do século XX, com a crise do paradigma fragmentário, emergem novos debates e a revisão de antigos métodos, suscitando em novas perspectivas e no resgate de elementos subjetivos e da própria Arte pela Geografia.
O autor e a autora também abordam sobre a consolidação da Geografia Cultural (ou da abordagem cultural na disciplina) e a consideração das subjetividades permite a abertura para o estudo de elementos antes desvalorizados (música, artes plásticas, literatura, etc.), considerando as relações culturais pela sociedade sobre a superfície terrestre e suas respectivas transformações.
Por: Genises Chagas e Yuri Braz.
